SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O São Paulo decidiu rescindir o contrato de parceria com o nutrólogo Eduardo Rauen, responsável pela implementação do TecFut e que era, até semana passada, parte dos planos centrais no departamento de preparação e saúde do clube a partir de 2026.

A decisão foi tomada após reportagens do UOL revelarem que Eduardo Rauen indicou Mounjaro a jogadores do elenco profissional, e que o fornecedor indicado pelo médico era, segundo a Anvisa, irregular.

A cúpula são-paulina passou a tratar o episódio como uma quebra de protocolos médicos e institucionais. Fontes ouvidas pela reportagem afirmam que o clube entendeu que a situação expôs o São Paulo a riscos jurídicos, esportivos e de imagem, sobretudo em um momento de forte exposição e cobrança por profissionalização.

O caso também gerou incômodo no departamento de futebol e na comissão técnica comandada por Hernán Crespo. Pessoas próximas à comissão relatam que o uso das canetas emagrecedoras chegou ao conhecimento do treinador ao longo da temporada e encontrou resistência.

Internamente, a demissão de Rauen é vista como uma tentativa de "estancar a crise" no setor de saúde, que já vinha sendo alvo de críticas e questionamentos nos bastidores. O São Paulo pretende agora revisar processos, reforçar a governança médica e reavaliar o próprio TecFut, projeto que havia sido levado ao CT da Barra Funda com a promessa de modernizar a preparação e a recuperação dos jogadores.