Nada pode ser maior que Minas

Ailton Alves Ailton Alves 21/01/2008

Foto ilustra??o de uma boa de futebol O campeonato ingl?s de futebol ?, de todos que chegam at? n?s via sat?lite, o melhor. Tem tradi??o, torcida e conserva a fleuma brit?nica, mesmo dominado por jogadores estrangeiros, de todas as partes do planeta, dos states ? Austr?lia, passando por ?frica e Israel.

Por aqui, entre os nossos torneios estaduais, o Carioca ? dizem ? ? mais. Tem clubes que s?o coqueluches nacionais, Maracan? e toda a m?dia entusiasticamente a favor.

Em S?o Paulo, onde se pratica a opini?o esportiva mais abalizada do pa?s, n?o h? nenhuma d?vida: o certame paulista ? o tal. Tem organiza??o, suor e talento.

No Rio Grande do Sul, a elite intelectual e os que freq?entam as arquibancadas concordam num ponto: nada ? mais legal que as pelejas ga?chas, marcadas pelo vigor e a caracter?stica eterna de uma rivalidade.

Ent?o, conforme dito por a? (torcedores falam demais, os daqui e os de al?m-mar) a bola globalizada da Inglaterra, a bola charmosa do Rio, a bola profissional de S?o Paulo e a bola aguerrida dos pampas s?o melhores que a bola serena, ressabiada, que rola em Minas. Por?m, as bolas que rolam por a? n?o s?o mais belas que as que deslizam por aqui, simplesmente porque n?o s?o as bolas que correm na minha aldeia.

Fiquem os ingleses com a sua bola (tentando refazer nos campos de futebol o imp?rio que um dia nem o sol venceu); os cariocas com as deles (na esperan?a que um bom Fla-Flu salve um torneio mal jogado); os paulistas que se guardem para os embates entre o Quarteto de Ferro e os endinheirados times do interior, e os ga?chos que misturem a pelota deles com o barro e os tornozelos inchados. Sejamos bairristas e fiquemos, n?s mineiros, com a nossa bola.

Minas n?o t?m est?dios cheios, charme espalhafatoso, opul?ncia e a for?a do Minuano ? o vento que sopra no Sul. N?o tem mar e, talvez, nem mesmo sal. Mas tem o Rio Doce, que d? de goleada no Maracan?, o c?rrego que margeia o maior est?dio do mundo. E o Rio Doce ? mais belo que o T?misa, o Tiet? e o Gua?ba. Mais que o Nilo at?, pois o Nilo n?o ? o rio que corre pela minha aldeia.

E ser? ali, onde o Rio Doce ? mais belo, caudaloso, misterioso (em Governador Valadares, bem pr?ximo ? curva que vai dar na Galil?ia ? a minha aldeia), que o Tupi estrear? no campeonato, na pr?xima segunda-feira, contra o Democrata. S? nas Gerais tem campo de futebol ao lado do Rio Doce. S? aqui tem Mineir?o e feij?o tropeiro no est?dio.

Se isso for pouco, haver? sempre o orgulho de bater no peito e dizer: pode n?o ser o m?ximo mas ? nosso. E pr?ximo. Juiz de Fora ? aqui. Belo Horizonte, Nova Lima, Sete Lagoas, Divin?polis, Ipatinga, Coronel Fabriciano e Governador Valadares s?o logo ali. At? Andradas ? um pulo. S? Uberaba e Ituiutaba demandam ch?o, mas Minas s?o mesmo v?rias. Nada pode ser maior.

Ailton Alves ? jornalista e cronista esportivo
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