SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) - Dono da primeira medalha de ouro da Mongólia nas Olimpíadas, Naidangiin Tüvshinbayar foi condenado a 16 anos de prisão por ter assassinado um colega de infância em 2 de abril de 2021, quando, supostamente, estava sob influência de álcool. O crime do judoca foi julgado por um tribunal no distrito de Khan-Uul, em Ulan Bator, e a sentença foi lida após um ano de espera.
A vítima de Naidangiin Tüvshinbayar foi o também atleta de judô Erdenebileg Enkhbat. De acordo com a imprensa local, o campeão olímpico atingiu o colega de infância com um objeto pesado na cabeça, ocasionando lesões cerebrais que depois o levaram a morte.
Tüvshinbayar levou a medalha de ouro nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, quando venceu a categoria até 100 quilos. Em Londres, na edição seguinte, acabou ficando com a prata.
Depois de se aposentar do judô, seguiu a carreira como presidente do Comitê Olímpico Nacional da Mongólia, cargo do qual se afastou após ser preso por 20 dias em 2021, enquanto a denúncia por assassinato era feita. Além disso, costumava participar de diversos programas televisivos e de ser a estrela em anúncios de marcas como a Pepsi no país.
O ex-judoca também teve sua importância na política da Mongólia. Seu apoio foi crucial para que Khaltmaagiin Battulga, do Partido Democrata, vencesse as eleições e se tornasse presidente do país entre 2017 e 2021.
Foto: Laurence Griffiths/Getty Images
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