Tupi joga mal contra o Londrina e volta a Juiz de Fora com mais uma derrota
*Colaboração
6/06/2016
A saga do Tupi neste início de Série B não está nada fácil. Até agora foram cinco jogos, com quatro derrotas e apenas uma vitória. Se não bastasse, o time só fez uma grande atuação, na goleada diante do Paysandu por 5 a 1. Para piorar, o torcedor já está se acostumando com a ideia de sofrer ao final da partida. Em todas as derrotas, os gols saíram nos últimos 10 minutos do jogo.
A partida não foi boa, tecnicamente falando. Pudera, a chuva causou um estrago no gramado do Estádio do Café. No primeiro tempo era difícil se ver jogadas trabalhadas, uma vez que as poças e a má drenagem do solo não deixavam a bola rolar. Mesmo com os empecilhos, os donos da casa foram melhores. Se estava difícil fazer o jogo virar através do toque de bola, a saída eram os chutes de fora, aproveitando a velocidade que a pelota ganha por causa da chuva. Logo aos dois minutos, Paulinho Moccelin recebeu na meia esquerda, cortou para o meio e emendou de direita, tirando tinta da trave direita de Rafael Santos, que fazia sua estreia com a camisa carijó.
O técnico Ricardo Drubscky voltou a mexer no time, colocando Formiga na lateral direita, e Henrique mais à frente, como ponta. E foi justamente por esse lado que o Tupi tentava chegar ao ataque, explorando a capacidade ofensiva dos dois atletas. Porém, o velho problema da falta de qualidade nos passes aparecia. Jonathan jogou na posição que gosta, como meia armador, tendo liberdade para acionar os pontas, e encostar no centroavante. Porém, mesmo assim não conseguiu cumprir seu papel. O campo pesado também não ajudava, e essa combinação faziam com que as jogadas não aparecessem. Restava então o bom e velho "chuveirinho". Aos 19, Formiga cobrou uma falta da meia direita, Giancarlo subiu mais alto que a zaga, só que cabeceou fraco, e a bola saiu lentamente à direita do goleiro Marcelo Rangel.
A resposta do Londrina veio quatro minutos depois, e de novo com Paulinho. O camisa 7 recebeu na direita, "sassaricou" na frente de Bruno Costa e chutou de direita, acertando a rede pelo lado de fora. Aos 35 mais uma chance dos mandantes. Depois de escanteio pela esquerda, a bola ficou "pererecando" na área, até que Igor Bosel resolveu chutar de direita, mas acabou isolando.
Na volta do intervalo, Drubscky mexeu no time. Sacou Jonathan e colocou Marcos Serrato. Ganhou apenas um jogador mais descansado, porque dentro de campo quase não foi perceptível a mudança. Os velhos problemas do alvinegro ainda continuavam escancarados.
Com a trégua da chuva, o gramado foi melhorando ao longo dos 45 minutos finais, e permitiu que algumas jogadas mais trabalhadas fossem realizadas. E aí, só deu Londrina. No time da casa colocou o Tupi "na roda" e cansou de perder chances. Jô, Paulinho, Rondinelly e Marcelo Rangel, perderam chances incríveis. Ou eles isolavam, ou paravam nas mãos e pernas de Rafael Santos, que se mostrou muito seguro e vai ser uma "sombra" para Glaysson.
Do outro lado, o "Fantasma do Mineirão" só teve uma chance, aos três minutos, quando Serrato abriu na direita para Henrique, que cruzou rasteiro. A bola foi nos pés de Rodolfo Mol. Mas, na hora de finalizar, ele mostrou porque é zagueiro, e acabou escorregando, perdendo uma grande chance.
Como diz o velho ditado: "água mole em pedra dura, tanto bate até que fura", o Galo não aguentou a pressão, e aos 38, finalmente saiu o merecido gol do Tubarão. A jogada começou com um cruzamento na direita. Keirrisson foi mais rápido que os zagueiros e chegou completando. Rafael Santos operou mais um milagre e conseguiu defender. Só que na sobra, Jô, com o gol aberto, só teve o trabalho de cutucar para o fundo do barbante.
A nota triste ficou por conta da lesão do lateral direito Filippe Formiga. No lance do gol ele acabou se chocando com Rafael Santos, e sua perna ficou presa. O jogador teve fratura na tíbia e no perônio, foi levado de ambulância para o hospital, e informações preliminares dão conta de que ele vai ficar afastado por até seis meses. Como já havia feito as três substituições, Drubscky ficou com 10 homens em campo.
No "apagar das luzes", o time paranaense teve chance de conseguir "matar a partida". Jô recebeu belo lançamento na intermediária, avançou sozinho em direção à meta de Rafael Santos, mas chutou na junção da trave direita e travessão, perdendo assim a última chance do jogo.
Com o revés, o Tupi caiu para a 19ª posição, ficando a frente apenas do Sampaio Corrêa. A próxima partida acontece nessa terça feira, às 19h15, contra o Oeste, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio.
Estatísticas (segundo Footstats)
| Tupi | Londrina |
Passes errados | 73 | 59 |
Finalizações | 10 | 18 |
Cruzamentos | 6 (3 certos e 3 errados) | 34 (4 certos e 30 errados) |
Desarmes | 18 | 19 |
Faltas | 17 | 21 |
Cartões | 1 amarelo | 3 |
Impedimentos | 0 | 4 |
Lançamentos | 52 (31 errados e 21 certos) | 39 (28 errados e 11 certos) |
Ficha Técnica
Tupi: Rafael Santos, Filippe Formiga, Heitor, Rodolfo Mol e Bruno Costa; Rafael Jataí, Recife e Jonathan (Marcos Serrato); Henrique (Rubens), Thiago Silvy e Giancarlo (Michel Henrique). Técnico: Ricardo Drubscky
Londrina: Marcelo Rangel, Igor Bosel, Matheus, Sílvio e Léo Pelé; Germano, Rafael Gava e Zé Rafael (Rondinelly); Paulinho Moccelin (Marcelinho), Jô e Keirrisson (Itamar). Técnico: Cláudio Tencati
Arbitragem: Alinor Silva da Paixão (MT), auxiliado por Marcelo Grando (MT) e Jackson Timóteo (MT)
Público e Renda: 1.524 pagantes (2.015 presentes) / R$24.090,00
*Matheus Brum nascido e criado em Juiz de Fora, jornalista em formação pela Universidade Federal de Juiz de Fora, e desde criança, apaixonado pelo Flamengo e por esportes. Já foi estagiário na Rádio CBN Juiz de Fora. Atualmente é escritor do blog "Entre Ternos e Chuteiras"; colaborador da Web Rádio Nac, apresentando uma coluna de opinião diariamente; editor e apresentador do programa Mosaico, que vai ao ar semanalmente na TVE, canal 12, e é membro da Acesso Comunicação Júnior, Empresa Júnior da Faculdade de Comunicação da UFJF, trabalhando no Departamento de Projetos e no núcleo de Jornalismo.
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