Alexandre Ank: balanço de 2016 e expectativas para o próximo ano

Nome do Colunista Matheus Brum 23/12/2016
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Para quem tem a história marcada pela luta e superação, 2016 seguiu o mesmo roteiro. Alexandre Ank, juiz-forano, multicampeão e um dos esportistas de maior destaque da região, teve um ano tumultuado. A decepção de não ir à Rio 2016 se juntou com problemas de lesão, forçando várias sessões de fisioterapia.

Por outro lado, foi um ano de descobertas, praticando outros esportes e também se aventurando na política. E nada melhor do que fechar 2016 no local onde se habitou a estar: o mais alto do pódio. Com duas medalhas de ouro na Copa Costa Rica, voltou a figurar entre um dos melhores do Brasil.

Num bate papo com o Portal ACESSA.com, Ank falou sobre o balanço da temporada, a candidatura à Vereador de Juiz de Fora e também os planos para 2017.

Matheus Brum: Qual balanço deste ano de 2016?

Alexandre Ank: Fechamos o ano com a superação. Tivemos poucas competições por ser um ano Olímpico. A Copa Costa Rica é muito importante. Muitos não sabem, mas para renovar a Bolsa Atleta, dependia desta competição. Se terminasse a temporada sem uma medalha internacional, não conseguiria a renovação. Então, se preparar, fazer bons resultados e vim com duas medalhas importantes, fortalece nosso nome, que nos ajuda a conseguir novos patrocínios, visando a temporada de 2017 e as Paralimpíadas de Tóquio em 2020.

MB: Este ano você concorreu, pela primeira vez, a vereador. Como foi a experiência?

AA: Foi bacana. É ótimo conviver com as pessoas, apresentar sua história e buscar novos ideias. Isto nos engrandece como pessoa. Já venho fazendo há anos, dando palestras em escolas e instituições.

MB: Tentaria de novo?

AA: Acredito que sim. Enquanto Juiz de Fora não tiver uma pessoa com os olhos do deficiente, sendo deficiente, e brigando pela categoria, iremos continuar andando pela cidade sem acessibilidade. Precisamos lutar por isto para buscar uma melhor qualidade de vida.

MB: Além do tênis de mesa, neste ano você se aventurou pelas corridas de rua. Pretende continuar com a prática em 2017?

AA: Foi uma experiência muito legal, porque melhorou meu condicionamento físico e melhorou como pessoa. Venci todas as provas no paraolímpico. Destaco a Corrida da Fogueira. A pé, já não é fácil subir da Santa Casa, em direção ao Bairro Bom Pastor. Imagina numa handbike? Fazendo tudo na mão? Foi uma superação muito grande, e fiz a prova em pouco mais de 22 minutos. A prática melhorou meu condicionamento cardiorrespiratório e os movimentos, conseguindo mais firmeza e força na hora de jogar tênis de mesa.

MB: Quais os planos para 2017?

AA: O grande objetivo é conseguir disputar as competições internacionais. Temos um Parapan-Americano em 2017. O resultado na Costa Rica, abre portas para a Seleção Brasileira, me mantendo entre os principais do país. Em relação às corridas, preciso ver como será o calendário para encaixar as provas junto às competições de tênis de mesa.


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