Tafar?u o c?ozinho bom na defesa
Essa ? a hist?ria de Tafar?u, um c?ozinho que apesar de n?o ter dono, vivia solto numa tranq?ila rua sem sa?da, na zona norte da cidade. N?o se sabe como ele chegou l?. Talvez abandonado pelos seus donos maus por n?o quer?-lo mais.
Mas o fato ? que ele era um dos primeiros moradores da rua. Faceiro e muito brincalh?o, ele logo foi conquistando a amizade e simpatia da vizinhan?a que ia chegando. Com isso, o c?ozinho passou a ganhar alguns agradinhos, tais como afagos, ra??o, brincadeira, etc.
Pensando, talvez, em retribuir tantas gentilezas ele passou a ter um comportamento bem interessante, como por exemplo levar alguns moradores ao ponto de ?nibus, principalmente ? noite, e crian?as ate ? porta da escola sem deixar nenhum estranho se aproximar.
Certa vez Tafar?u acompanhou Marta, uma das moradoras da sua rua, at? o curso supletivo do bairro e resolveu entrar instalando-se debaixo da carteira escolar. Claro que ele n?o p?de ficar para assistir as aulas de f?sica, matem?tica, portugu?s (O coment?rio ? que ele at? latiu para o professor querendo responder algumas perguntinhas, por?m o professor n?o sabia a linguagem canina, hehehe).
Aos domingos l? ia Tafar?u ? Igreja escoltando os moradores, sempre ficando respeitosamente do lado de fora, quietinho, esperando a missa terminar. Segunda, quarta e sextas-feiras acompanhava Dona Isabel nas caminhadas matinais.
O c?o tamb?m adorava "fazer uma boquinha" nas festinhas de confraterniza??o entre os vizinhos, estando sempre presente nas festas juninas, natal, quermesses ou qualquer outro evento. S? n?o gostava das comemora?es do Ano Novo por causa dos fogos de artif?cios (Voc? sabia que os c?ezinhos ouvem muito mais que a gente? Uma bombinha parece uma enorme explos?o para eles. Pense nisso quando soltar uma pertinho deles, t??).
Tudo transcorria tranq?ilamente at? acontecer um fato novo: o antigo carteiro foi substitu?do por um rapazinho que morria de medo de cachorro. No seu primeiro dia de trabalho, o rapaz deparou-se com Tafar?u deitado pregui?osamente na cal?ada, tomando banho de sol. Ao notar sua presen?a, o c?ozinho apurou a vis?o e logo percebeu que aquele n?o era o velho e bom carteiro de sempre, por isso n?o permitiu que as correspond?ncias fossem entregues.
Estava formado o impasse: de um lado o fiel Tafar?u que n?o aceitava o novo carteiro por achar que ele era uma amea?a para os moradores da rua, do outro, o carteiro que s? pretendia realizar o seu trabalho.
Foi ent?o que Glorinha, uma das residentes da rua, teve a id?ia de estreitar os la?os de amizade entre o c?ozinho Tafar?u e o novo carteiro usando salsichas....
O esquema funcionou da seguinte maneira: cada morador, volunt?rio, ficou respons?vel por cercar o carteiro nos dias da entrega das correspond?ncias e levar a salsicha para que o carteiro oferecesse ao Tafar?u como s?mbolo de paz e amizade.
Na primeira vez, Tafar?u ficou meio desconfiado, afinal de contas ele n?o era um c?o para ser enganado com uma simples salsicha, e o carteiro meio tr?mulo, mas como os moradores estavam por perto estimulando a negocia??o de paz, o c?ozinho resolveu aceitar.
Depois do terceiro dia, Tafar?u era o primeiro a ir ao encontro do carteiro abanando o rabinho, aos poucos a salsicha j? n?o era mais necess?ria e os dois tornaram-se bons amigos.
Hoje, Tafar?u continua morando na tranq?ila rua sem sa?da, na zona norte da cidade. Mas agora ele ganhou um lar. Foi adotado por um dos moradores que reconheceu o quanto o c?ozinho ? bom de defesa e amigo, ficando no quintal da casa dele e sem deixar de proteger toda a vizinhan?a.
A hist?ria acima contada ? real e esta acontecendo naquele bairro, pois Tafar?u, apesar de velhinho ainda solta seus latidos por l?. Ele ? o que chamamos de C?O COMUNIT?RIO, que ? um c?ozinho que embora n?o tenha dono ? adotado pela comunidade local.
Essa historinha teve um final feliz gra?as a compreens?o, o respeito e o carinho de v?rias pessoas pelos animais, entretanto ela poderia ter tido um desfecho triste, por isso n?o devemos arriscar deixando nossos animaizinhos de estima??o soltos na rua e nem abandon?-los.
TRATEM SEUS ANIMAIZINHOS DE ESTIMA??O COM CARINHO, ELES S?O GRANDES AMIGOS!
Autoria: Rose Mary Delego
Revis?o: William C. C. Almeida
* Sociedade Juizforense de Prote??o aos Animais
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