Marta de Barros
*convidada
08/03/06
Tudo bem que as mulheres conquistaram a liberdade de trabalho, de estudo, de carreira profissional, liberdade financeira e finalmente, liberdade sexual. Elas est?o voltando a ser as matriarcas que j? existiram nos prim?rdios. Protestos por liberdade e igualdade social s?o movimentos que sempre existiram na Hist?ria, mas que teve maior ?nfase a partir do s?culo XVI, quando a Revolu??o Industrial passou a demarcar com mais intensidade e crueldade as desigualdades sociais. E as mulheres engrossaram a fileira dos protestos por sal?rios e tratamento mais justos, tanto de seus patr?es quanto de seus maridos e companheiros.
Sabemos que a toda a??o, h? uma rea??o. ? o movimento dial?tico da vida. E esta rea??o tamb?m n?o tem sido f?cil para a ela enfrentar. Agora que pode se sustentar, sem depender de um senhor, ela est? tendo que sustentar toda a fam?lia; agora que ela pode abordar o homem que deseja, est? cada vez mais sozinha. As estat?sticas mostram que o n?mero de separa?es chega a ser maior que o n?mero de casamentos. Fora os que n?o se separam formalmente. E mostram tamb?m que o n?mero de mulheres est? crescendo mais que o n?mero de homens e que neste reduzido circulo masculino h? uma grande parte que preferem manter relacionamento afetivo com os do mesmo sexo. Os homens se libertaram tamb?m.
A revista ?poca, publicou em dezembro de 2003 a evolu??o da constitui??o familiar na ?ltima d?cada: mulheres sem c?njuge e com filhos aumentou 3,7% de 1992 a 2001 e casal com filhos decresceu 6,1%. O perfil da fam?lia est? mudado. Hoje n?o precisa se constituir um modelo familiar convencional, como no recente patriarcado. Temos v?rios tipos de fam?lia: dentro do padr?o heterosexual temos a fam?lia que se junta debaixo de um mesmo teto, filhos de v?rios casamentos; temos o homem que cria filhos sozinho (em menor n?mero) e mulheres que criam seus filhos sozinhas (em grande n?mero). Temos tamb?m os homosexuais que formam suas fam?lias com filhos adotivos e/ou atrav?s de barriga de aluguel. ( para os muito ricos).
De tudo isto, o que se pensava que iria somar, acabou se dividindo. Mulheres mais ou menos bonitas, bem ou mau sucedidas, mais jovens ou mais velhas, cultas ou incultas, n?o importa a classe social, s?o milhares que, ou preferiram estar sozinhas, ou que n?o preferiram mas se encontram sozinhas. Por motivos ?bvios.
E agora, o que fazer com esta liberdade? D? a sua opini?o, envie mensagem para redacao@acessa.com
* A professora de Hist?ria Marta de Barros, cuja defesa de tese foi A Liberta??o feminina na vis?o de Engels. A atualidade confirma? foi convidade pelo Portal ACESSA.com para escrever este artigo.
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