BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - A pouco menos de um ano da eleição argentina, a vitória de Lula no Brasil embala os peronistas, que estão num momento difícil com a presidência de Alberto Fernández, que tem pouco mais de 20% de popularidade.
"Obrigada, companheiro Lula, por devolver a alegria e a esperança para a América do Sul", tuitou a vice, Cristina Kirchner.
Ela, que abriu mão de ser candidata a presidente na eleição de 2019, está sendo pressionada pela ala kirchnerista de sua força política a disputar o posto em 2023. A tentativa de assassinato que ela sofreu, em setembro, e a vitória de Lula, agora, entusiasmará uma candidatura sua ou de alguém que ela indique.
Enquanto isso, na Venezuela, o ditador Nicolás Maduro, pressionado internacionalmente a deixar o cargo em eleições livres em 2024, se vê com novo fôlego após vitórias dos esquerdistas Gabriel Boric (Chile) e Gustavo Petro (Colômbia) e a amenização das pressões por parte dos EUA. Para a ditadura do país caribenho, a vitória de Lula é uma boa notícia.
Já na Bolívia, há uma fricção entre o atual presidente, Luis Arce, e o ex-mandatário, Evo Morales. Líder eleito do país após três mandatos e uma renúncia, Morales já capitaliza a performance de seu "irmão da alma" no Brasil.
De mãos dadas com Lula na avenida Paulista neste sábado (29), o ex-presidente uruguaio José "Pepe" Mujica se destaca agora em primeiro plano no cenário regional, num momento em que o presidente de centro-direita, Luis Lacalle Pou, amarga um possível envolvimento num escândalo de falsificação de passaportes. Embora não possa ser reeleito, Mujica deve dar novo ânimo à sua coligação, Frente Ampla, na oposição ao governo.
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