SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) - A antiga mansão onde vivia o ditador Benito Mussolini com sua família, a Villa Carpena, foi transformada em um museu, e seus novos proprietários afirmam que a casa é assombrada por fantasmas da família Mussolini.

Carpena, um pequeno distrito da cidade de Forlì, passou a atrair fãs de história e caçadores de fantasmas motivados pela curiosidade sobre o que acontece no museu. Também chamado de "A Casa das Memórias", o lugar abriga pertences e marcas de um lado sombrio da história.

É possível encontrar itens da família Mussolini como esquis, violino, lustres, obras de arte, patinetes e carros antigos do casal. Até mesmo o trator usado pela esposa, Rachele Mussolini, descendente de uma família humilde de agricultores, está exposto no museu.

"Há tantas peças históricas originais e cada uma vem com sua própria história. Convidamos fortemente as pessoas a explorar este lugar incrível", acrescenta Marco Buonasorte Moriconi, chefe das visitas guiadas do museu.

Completam ainda a coleção: fotos antigas do ditador italiano andando de bicicleta e os vestuários da família, como meias e chapéus feitos à mão. É possível visitar também os quartos onde os filhos de Mussolini dormiam, incluindo um berço de ferro, feito pelo pai sapateiro do ditador.

Além disso, rastros do governo de Mussolini também estão expostos no museu, como uma série de presentes luxuosos recebidos nesse período. Ela é composta por uma tapeçaria do imperador etíope Haile Selassie, uma pedra sagrada do Monte Fuji doada pelo imperador japonês Hirohito, e até mesmo lascas de bomba removidas de seu corpo durante a Primeira Guerra Mundial

Mussolini construiu a Villa Carpena em 1924 após se casar com Rachele, que morava em uma casa de fazenda vizinha. O casal decidiu se mudar porque considerava a antiga residência da esposa com pouco espaço para a família em crescimento.

EVENTOS SOBRENATURAIS

O novo proprietário Domenico Morosini contou à agência CNN que, desde a compra da propriedade em 2000, os casos horripilantes foram se acumulando - e os registros desses eventos também.

Em 2013, um grupo de caça-fantasmas teria pedido para visitar mansão e passar uma noite em busca de sinais de atividade paranormais. Eles alegam terem capturado eventos inquietantes no escuro.

"Gravamos em fita o que parecia a voz fraca de uma mulher. Quando tocamos, o velho zelador da vila se apavorou e pulou de sua cadeira, sussurrando que havia reconhecido a voz de Rachele", diz o relato do grupo de investigadores paranormais.

Imagens térmicas gravadas naquela noite apontaram manchas vermelhas no guidão e no tanque da motocicleta favorita de Mussolini. Para os investigadores, isso poderia revelar uma saudade do espírito do ditador pelo objeto.

Porém, o sinal mais concreto teria sido outro, quando os detetives utilizaram uma lanterna. "Colocamos na mesa de jantar onde a família comia; pedimos um sinal e ela acendeu e desligou de repente", afirmam.

A inquietação causada supostamente pelo fantasma de Mussolini não se restringe à Villa Carpena. Na antiga Via Appia, que liga Roma a Latina, uma cidade fundada durante o período da ditadura fascista, os moradores afirmam ouvir e ver frequentemente o fantasma de Mussolini passando em sua moto Guzzi vermelha, utilizando óculos de proteção e boné de couro, possivelmente para encontrar suas amantes à noite.


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