Equipes de resgate na Turquia retiraram várias pessoas com vida de prédios desabados nesta segunda-feira (13) e estavam cavando para encontrar avó, mãe e filha de uma única família, uma semana após o pior terremoto da história moderna no país.

Com a esperança de encontrar muitos mais sobreviventes nos escombros diminuindo rapidamente, o número oficial de mortos na Turquia e na vizinha Síria, desde o terremoto de magnitude 7,8 graus na escala Richter da última segunda-feira (6) subiu para mais de 37 mil e deve continuar aumentando.

A fase de resgate está "chegando ao fim", com a urgência agora mudando para fornecer abrigo, alimentação, educação e atendimento psicossocial aos afetados, disse o chefe de ajuda da Organização das Nações Unidas (ONU), Martin Griffiths, durante uma visita a Alepo, no Norte da Síria, nesta segunda-feira.

Resgates

Cerca de 176 horas após o primeiro terremoto, uma mulher chamada Serap Donmez foi retirada com vida hoje de um prédio de apartamentos desabado em Antáquia por equipes de busca e resgate da Turquia e Omã, informou a emissora estatal TRT.

Outra mulher foi resgatada na província de Gaziantep, no sul, algumas horas antes, informou a CNN turca. Uma pessoa foi resgatada dos escombros de um prédio na cidade de Adiyaman, segundo autoridades.

Equipes de resgate em Kahramanmaras souberam de uma avó, mãe e bebê presas em um quarto de um prédio de três andares, com uma quarta pessoa possivelmente em outro quarto. Os socorristas disseram que estavam tentando quebrar uma parede para alcançar os sobreviventes, mas uma coluna os estava atrasando.

Membros de uma equipe de resgate espanhola, do Exército turco e equipes de busca da polícia estavam trabalhando no prédio, que permaneceu praticamente intacto.

"Elas ainda estão vivas e em muito boas condições. Estamos fazendo o possível para pegá-las e tenho um forte pressentimento de que vamos pegá-las", disse Burcu Baldauf, chefe da equipe voluntária de saúde turca.

Tragédia

O terremoto mais letal na Turquia desde 1939 matou 31.643 pessoas, disse a Autoridade de Gerenciamento de Emergências e Desastres da Turquia. Mais de 4,3 mil pessoas morreram e 7,6 ficaram feridas no Noroeste da Síria até domingo (12), segundo uma agência da ONU.

O terremoto é agora o sexto desastre natural mais mortal neste século, atrás do tremor de 2005 que matou pelo menos 73 mil no Paquistão.

Na Síria, o desastre atingiu mais fortemente o Noroeste controlado pelos rebeldes, deixando desabrigadas novamente muitas pessoas que já haviam sido deslocadas várias vezes por uma guerra civil de uma década. A região recebeu pouca ajuda em comparação com as áreas controladas pelo governo.

"O que é mais impressionante aqui é que, mesmo em Aleppo, que sofreu tanto nestes muitos anos, este momento, aquele momento... foi o pior que essas pessoas viveram", disse Griffiths, da ONU.

Atualmente, há apenas uma única passagem aberta na fronteira Turquia-Síria para suprimentos de ajuda da ONU. Griffiths afirmou que a ONU teria ajuda se deslocando das regiões controladas pelo governo na Síria para o noroeste controlado pelos rebeldes.

Os Estados Unidos pediram ao governo sírio e a todas as outras partes que concedam imediatamente acesso humanitário a todos os necessitados.

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