SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Bola Tinubu, candidato do partido governista da Nigéria, foi declarado nesta quarta-feira (1º) vencedor do pleito presidencial pela comissão eleitoral, depois de derrotar os opositores Atiku Abubakar e Peter Obi.

Eleito duas vezes governador de Lagos na virada dos anos 2000, Tinubu ficou conhecido por ter aumentado as receitas do estado, onde está a cidade homônima, capital econômica da nação. Também conseguiu reduzir a taxa de crimes violentos, desafogar o trânsito infernal e limpar as ruas.

Apoiadores esperam que ele replique o êxito, agora em nível nacional, em meio a um contexto de violência generalizada e desemprego nas alturas, coroado por uma desordenada iniciativa para atualizar as cédulas da moeda local, processo que gerou escassez de papel-moeda.

Caso o resultado for confirmado, uma vez que os principais partidos de oposição se uniram para denunciar supostas fraudes e exigir uma nova votação, Tinubu também herdará uma série de problemas do atual governo, de Muhammadu Buhari -uma lista que inclui assaltos armados, homicídios e sequestros cada vez mais frequentes, além de escassez de combustível e de energia.

As eleições foram marcadas por uma série de dificuldades técnicas em razão da implementação do Bvas, um novo sistema de votação. Semelhante à tecnologia de biometria utilizada no Brasil, o dispositivo prometia não só inibir fraudes -uma questão histórica no país- como permitir a divulgação dos resultados das eleições online, logo depois do fechamento das urnas.

Erros em vários locais de votação impediram, no entanto, que os apoios fossem contabilizados diretamente pelo sistema, o que levou à contagem manual em muitos locais, frustrando em certa medida o principal objetivo do Bvas -cortar as raízes da manipulação eleitoral.


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