BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESSS) - Lula participou de um encontro com a Confederação Sindical de Trabalhadores das Américas ao lado do ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica, nesta quarta-feira (1º).

O QUE DISSE LULA

Presidente disse que a região já viveu o "mais extraordinário momento de integração regional" nos anos 2000, com Michelle Bachelet, Cristina Kirchner, Pepe Mujica, Hugo Chávez e Evo Morales, além de outros presidentes. "A gente conseguiu estabelecer a maior harmonia de integração entre os países da América Latina", disse.

Lula ressaltou que, àquela época, dirigentes sindicais tinham espaço para discutir com presidentes os assuntos pertinentes à classe trabalhadora.

O petista defendeu que será preciso reconstruir e fortalecer o Mercosul e a Unasul, porque os países da América Latina têm mais chances de negociar vantagens em conjunto.

Ressaltou a importância da democracia e comparou governos petistas com o de Bolsonaro e citou outras experiências da região para dizer que é necessário "recuperar a unidade" na América do Sul: "nós não somos inimigos".

Ele afirmou que quase todos os países da região tiveram retrocesso, aumento de desemprego e queda da massa salarial, bem como perda de direitos.

"Nós precisamos ter coragem de consolidar o processo democrático participando da vida política de cada um dos nossos países. É importante que a gente tenha presidente democrático até para poder criticar. Duro é você viver num país que é uma ditadura e não pode fazer protesto", disse Lula.

"O que nós conseguimos avançar em apenas 6 anos, a gente retrocedeu o dobro, em apenas 4 anos. (...) Acredito na construção de uma grande nação, de uma América do Sul sem fronteiras, uma América Latina sem fronteiras. (...) Vamos construir essa América Latina mais unificada, se a gente compreender que juntos seremos mais fortes, e sozinhos somos muito fracos."


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