BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - Nesta segunda (20), o Ministério da Defesa da Ucrânia anunciou que explodiu mísseis de cruzeiro russos na cidade de Djankoi, no norte da península da Crimeia, região anexada pela Rússia desde 2014.

Segundo um comunicado divulgado pela diretoria de inteligência da Defesa, os mísseis foram projetados para serem lançados de navios da frota russa do mar Negro, com um alcance operacional de mais de 2.500 km em terra e 375 km no mar. Eles estavam sendo transportados por trem quando foram atingidos.

Contudo, Ihor Ivin, chefe do governo de Djankoi empossado pela Rússia, disse que a explosão foi causada por drones ucranianos e teve civis como alvo. Um homem de 33 anos foi atingido pelos estilhaços de um drone abatido e foi levado, estável, ao hospital.

"Todos os drones miraram em locais civis. Um foi atingido sobre a escola técnica da cidade e caiu entre a área escolar e uma residência estudantil", disse Oleg Kriutchkov, assessor de Ivin, em seu canal no Telegram. "Não há bases militares próximas. Os demais drones foram derrubados em áreas residenciais. Além de explosivos, cada um carregava estilhaços", publicou.

A agência de notícias Reuters não foi capaz de verificar nem os relatórios ucranianos, nem os russos.

Um canal de televisão da Crimeia divulgou que uma casa, uma escola e uma mercearia pegaram fogo. A rede elétrica do local também sofreu danos.

Uma base aérea militar russa opera perto de Djankoi. A Ucrânia alega que a cidade e seus arredores foram transformados na maior base militar de Moscou na península.

Uma série de ataques ucranianos miraram a Crimeia nos últimos meses. Em agosto, mísseis destruíram vários aviões em uma base aérea na costa sudoeste da península, ataque posteriormente assumido pelas autoridades ucranianas.

O anúncio vem em meio às tensões envolvendo potências internacionais na Guerra da Ucrânia. Também nesta segunda, um caça russo interceptou dois bombardeiros estratégicos dos Estados Unidos a cerca de 60 km do espaço aéreo do país de Vladimir Putin.

Embora interceptações desse tipo sejam comuns, o momento é sensível desde que um drone MQ-9 Reaper americano foi derrubado no mar Negro, na última semana.

No oeste da Rússia, na capital Moscou, o presidente Putin recebeu a visita oficial do líder da China, Xi Jinping. Essa é a primeira visita do chinês no país em quatro anos. No encontro, Xi reafirmou a sua aliança com a Rússia e disse que está "aberto para discutir a proposta" de paz feita por Pequim para solucionar a guerra.


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