SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Ao menos 31 pessoas morreram, incluindo duas crianças e um bebê de seis meses, depois de um incêndio em uma balsa no sul das Filipinas na quarta-feira (29) à noite.

A informação é das autoridades locais, que acrescentaram que é possível que a cifra de mortes cresça, uma vez que o número de passageiros superava os 205 registrados na lista de embarque da balsa.

O Lady Mary Joy 3 viajava da cidade de Zamboanga para a ilha de Jolo, na província de Sulu. A embarcação estava próxima da ilha de Baluk-Baluk, na província de Basilan, quando o fogo começou a se espalhar, por volta das 23h do horário local (12h no horário de Brasília).

Vários passageiros e membros da tripulação então se jogaram no mar --algumas delas se afogaram, inclusive as três crianças, enquanto outras morreram no incêndio.

Outras 230 pessoas sobreviveram e foram resgatadas. Destas, 14 tiveram queimaduras, tendo sido encaminhadas a um hospital em Basilan.

A causa do incêndio ainda não foi determinada. O governador da província, Hadjiman Hataman Salliman, afirmou à estação de rádio local DZRH que a balsa ainda não pôde ser periciada porque ainda está muito quente.

Um arquipélago composto por mais de 7.600 ilhas, as Filipinas têm um histórico de acidentes marítimos, e mantém uma frota de embarcações antiquadas, que com frequência leva mais passageiros do que sua capacidade permite. Em maio passado, ao menos sete pessoas morreram em um incêndio em uma balsa de alta velocidade que transportava 134 pessoas.

Em 1987, o país registrou o pior desastre de navio fora de uma situação de conflito. Então, cerca de 5.000 pessoas morreram quando a balsa Dona Paz, que levava mais passageiros do que o permitido, colidiu com um petroleiro perto da ilha de Mindoro, ao sul da capital, Manila.


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