SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Vaticano anunciou nesta sexta-feira (31) que o papa Francisco deve ter alta já neste sábado (1º). A expectativa é que ele esteja presente na missa de Domingo de Ramos na praça São Pedro, que marca o início das celebrações da Semana Santa.

Mais cedo, o decano dos cardeais, Giovanni Battista Re, afirmou à agência de notícias italiana Adnkronos que o pontífice provavelmente presidiria todas as missas do período. Os festejos incluem uma procissão pelo Coliseu, em Roma, na Sexta-Feira Santa.

O porta-voz do pontífice havia comunicado na quinta-feira que ele recebeu o diagnóstico de bronquite e respondeu bem ao início do tratamento com antibióticos.

Tinha relatado ainda que o líder da Igreja Católica jantou pizza com sua equipe de médicos, enfermeiros, assistentes e seguranças ?uma de várias informações anedóticas divulgadas pela administração episcopal com o aparente intento de acalmar fiéis acerca do estado de saúde do papa.

Francisco foi internado no hospital universitário Gemelli, na capital italiana, na quarta-feira, após queixas de dificuldade para respirar ?ele está no quarto particular reservado a pontífices no décimo andar do prédio, que João Paulo 2º ocupou diversas vezes durante seu papado.

A hospitalização ressuscitou especulações sobre uma possível renúncia do argentino de 86 anos por razões de saúde após o precedente histórico estabelecido por seu antecessor, Bento 16 ?papa emérito por quase uma década e morto no final do ano passado aos 95 anos.

O líder, que completou dez anos no comando da Igreja este mês, parecia bem nos instantes que precederam sua internação, tendo conduzido sua audiência semanal no Vaticano normalmente. Mas sua saúde frágil tem preocupado católicos nos últimos anos.

No Twitter, Francisco agradeceu as orações que pediam sua melhora, afirmando estar comovido com as tantas mensagens recebidas. Entre os que desejaram uma rápida recuperação para o pontífice na plataforma estava o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que é católico, e sua esposa, Jill. "O mundo precisa do papa Francisco", escreveu o americano.

O argentino está no geral mais exposto a doenças respiratórias por ter retirado parte de um dos pulmões quando tinha 20 e poucos anos.

Ele também sofre de diverticulite, uma doença que pode infectar ou inflamar o cólon, de dor ciática crônica, e há dois anos foi operado no mesmo hospital onde está internado agora para remover parte do intestino. Meses atrás, o pontífice disse que a condição havia retornado e estava gerando ganho de peso, mas que isso não era fonte de grande preocupação.

O papa ainda tem uma osteoartrite que afeta um ligamento do joelho direito, e alterna entre o uso de uma bengala e de cadeira de rodas em suas aparições públicas.

Em dezembro, Francisco revelou à imprensa que assinou ainda no início de seu papado uma carta de renúncia na eventualidade de que seus problemas de saúde o impedissem de desempenhar suas funções. Aos 86 anos, ele reiterou em várias ocasiões que não descarta deixar o cargo caso seus problemas nesse âmbito se agravem ?embora tenha declarado em viagem recente à República Democrática do Congo que renúncias do tipo não deveriam "virar moda".

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