LISBOA, PORGUAL (FOLHAPRESS) - Estudantes de famílias de baixa renda ?com rendimentos anuais de até 3.071,67 euros (cerca de R$ 16.920)? terão vagas reservadas nas universidades públicas de Portugal a partir do próximo ano letivo.
Segundo o ministério do Ensino Superior, a medida ajudará a "promover a equidade e as oportunidades de mobilidade social" através das vagas destinadas aos alunos com menos recursos.
O alcance da iniciativa, no entanto, é pequeno. Inicialmente, apenas 2% do vagas de cada ciclo de estudo estarão disponíveis para os estudantes mais pobres. Isso significa que, em um curso com 50 vagas, apenas uma delas seria destinada a esse público.
Em entrevista ao jornal Expresso, o presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, António Sousa Pereira, reconheceu que o número é pequeno. Ele considera, no entanto, que a decisão manda um sinal importante.
"Vamos ver como corre para ver que passos podem ser dados no futuro para compensar alguma injustiça que existe no sistema de acesso ao ensino superior. Sabemos que nos cursos com notas de acesso mais elevadas, a percentagem de estudantes com bolsas de estudo é muito reduzida. Mas sabemos que muitos destes estudantes, independentemente de terem notas um pouco mais baixas, podem ter desempenhos acadêmicos muito bons", afirma Pereira, que é reitor da Universidade do Porto.
Em Portugal, ao contrário do Brasil, as universidades públicas têm mensalidades pagas: as chamadas propinas. Apesar do nome estranho para os brasileiros, elas não têm nada a ver com corrupção.
O país já contava com apoios para estudantes de baixos rendimentos, além de vagas especiais para alunos oriundos das regiões autônomas (Madeira e Açores), emigrantes, militares e pessoas com deficiência.
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