SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As camisetas com mensagens políticas, tão comuns nas últimas eleições no Brasil, são também parte do cenário da votação dos argentinos em São Paulo.
Ao lado de amigos, brasileiros no Consulado-Geral da Argentina na capital paulista, o professor de linguística da USP Adrián Pablo Fanjul, há 26 anos no Brasil, votou com uma camiseta preta com a frase "1964 nunca mais", em referência à ditadura militar no Brasil.
"Se tivesse uma com '1976 [ano de início da última ditadura argentina] nunca mais', viria com ela", diz ele, que apoia o peronista Sergio Massa. "É uma questão de evitar que um projeto fascista ganhe."
O psicanalista Hernán Siculer, 51, também veio com uma camiseta temática, essa diretamente relacionada a seu país natal: "memória, verdade e justiça", diz a frase estampada ao lado do símbolo das Mães e Avós da Praça de Maio.
Também contra Milei nas urnas, ele diz que esse segundo turno se trata de uma questão de "preservar a civilização contra a barbárie".
O presidenciável e deputado Javier Milei, bem como sua candidata a vice, Victoria Villarruel, afirmam ser mentira a estatística oficial de que o regime militar argentino deixou ao menos 30 mil mortos.
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