SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Dublin, capital da Irlanda, registrou ônibus e viaturas policiais incendiadas durante protestos anti-imigração. As manifestações aconteceram após três crianças e dois adultos serem esfaqueados perto de uma escola para meninas na cidade. A polícia irlandesa já prendeu 34 pessoas.

A polícia disse que uma "facção completa de hooligans e lunáticos impulsionada pela ideologia de extrema direita" estava por trás dos protestos violentos em Dublin, segundo o jornal Sky News.

Os manifestantes dispararam foguetes e fogos de artifício contra a polícia e tentaram golpear os guardas, até mesmo atirando garrafas.

Os policiais precisaram usar escudos antimotim para conter a multidão após um carro da polícia ser incendiado. Vários ônibus também foram alvos dos manifestantes.

Manifestantes aproveitaram a confusão para saquear lojas esportivas, diz a Sky News, que presenciou os atos.

A polícia divulgou hoje que 34 pessoas já foram presas. O comissário Drew Harris disse esperar novas prisões.

"CENAS VERGONHOSAS"

O comissário Drew Harris considerou as "cenas vergonhosas" e que a cena do crime será mantida para recolhimento de provas.

Temos uma facção completa de hooligans lunáticos, impulsionada pela ideologia de extrema-direita, e também por esta tendência perturbadora envolvida em violência grave. Estamos elaborando recursos para lidar com isso e isso será tratado adequadamente. Drew Harris, comissão da polícia

400 policiais estiveram envolvidos na ação para conter os manifestantes e alguns deles foram agredidos, relatou o superintendente-chefe, Patrick McMenamin. Apesar disso, não há relatos de ferimentos graves tanto por parte da polícia quanto dos manifestantes.

Ele contou que o centro de Dublin está "voltando ao normal", mas que a polícia ficará atenta.

O presidente irlandês, Michael Higgins, disse que o ataque contra as crianças é "assunto da polícia".

Todas as nossas orações estão com cada um deles por uma recuperação total. Este terrível incidente é assunto da polícia e ser usado ou abusado por grupos com uma agenda que ataca o princípio da inclusão social é repreensível. Michael Higgins, presidente da Irlanda

A ministra da Justiça da Irlanda, Helen McEntee, repudiou as manifestações. "O horrível ataque de hoje no centro da cidade de Dublin foi um crime terrível que chocou a todos nós [...] Não se deve permitir que um elemento violento e manipulador use uma tragédia terrível para causar estragos".


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