SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Dez pessoas morreram e 11 ficaram feridas neste domingo (14) em um tiroteio na praia de Bondi, em Sydney, na Austrália, informou a polícia. Um dos atiradores está entre os mortos e o segundo suspeito foi ferido e está em estado crítico.
No momento dos disparos ocorria na praia um festival judaico que começou ao pôr do sol. A informação foi confirmada por Alex Ryvchin, co-diretor executivo do Conselho Executivo da Comunidade Judaica Australiana, em entrevista à "Sky News". Ele também disse que seu assessor de imprensa foi ferido no ataque.
Motivo do tiroteio ainda era desconhecido. "A operação policial está em andamento e continuamos a pedir às pessoas que evitem a área", afirmou a polícia de Nova Gales do Sul em uma publicação no X.
As emissoras de televisão Sky e ABC exibiram imagens mostrando pessoas caídas no chão. "Vi pelo menos 10 pessoas no chão e sangue por toda parte", disse Harry Wilson, 30, morador que testemunhou o tiroteio, em entrevista ao "Sydney Morning Herald".
Serviços de emergência foram acionados para Campbell Parade às 18h45 (domingo, 14 de dezembro de 2025). Campbell Parade é a principal rua que margeia a avenida. A emergência foi acionada em resposta a relatos de disparos. Bondi é considerada uma das praias mais famosas do mundo. O local costuma ficar repleto de moradores e turistas, especialmente nas noites quentes de fim de semana.
O ataque ocorreu 11 anos depois de um atirador ter feito 18 pessoas reféns no Lindt Cafe, em Sydney. Dois reféns e o atirador foram mortos após um impasse de 16 horas.
Primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese classificou o incidente como "chocante e angustiante". Ele ressaltou que "equipes de emergência estão no local trabalhando para salvar vidas".
Presidente israelense Isaac Herzog disse que judeus que foram acender a primeira vela do feriado de Hanukkah foram atacados por "terroristas vis". A Austrália tem sofrido uma série de ataques antissemitas contra sinagogas, prédios e carros desde o início da guerra de Israel em Gaza, em outubro de 2023.