BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que virou amigo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e que os problemas com o país vão se resolver.

"Todos vocês pensaram que eu iria entrar em guerra com Trump. O Trump virou meu amigo. Com um pouco de conversa, dois homens de 80 anos de idade, não tem porque brigar. Nós estamos conversando direitinho e pode ficar certo que tudo vai se acertar sem nenhum tiro, sem nenhuma arma, sem nenhum bomba, sem nenhum navio bloqueando a costa brasileira", disse.

"Eu disse para o presidente Tump, o poder da palavra é mais forte que qualquer arma que vocês possam ter. É só saber utilizá-lo e a gente vai conseguir resolver grande parte dos problemas que a gente tem na política", acrescentou.

Na quarta (17), Lula disse ter falado a Trump que conversar é menos sofrível do que a guerra.

O governo americano enviou uma frota militar aos mares do entorno da Venezuela em operação militar com a justificativa de combater o narcotráfico. Além disso, Trump ordenou um bloqueio total de petroleiros sob sanção dos EUA ao redor da Venezuela.

O regime de Nicolás Maduro reagiu, classificando a ação dos EUA de "irracional" e "ameaça grotesca".

Apesar de sanções americanas contra o setor petrolífero venezuelano, a empresa americana Chevron opera no país latino-americano com anuência de Washington -medida adotada pelo governo Joe Biden com o objetivo de reduzir o preço de gasolina nos EUA e mantida pelo governo Trump.

As declarações foram feitas durante o último encontro do ano feito por Lula com todos os seus ministros, no qual é apresentado um balanço de ações no ano e cobranças do presidente são reforçadas.

Nele, Lula se referiu a conversas que travou com o homólogo americano sobre questões bilaterais e internacionais. Em telefonema mais recente, o brasileiro pediu cooperação de Trump no combate ao narcotráfico internacional, sem menções diretas à Venezuela, segundo o governo brasileiro.

Na mesma semana, Lula também conversou com Maduro sobre a escalada militar dos EUA contra o país vizinho.