SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Donald Trump voltou a ameaçar o Irã e cobrou o desarmamento do Hamas ao se reunir nesta segunda-feira (29) com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em Mar-a-Lago, na Flórida, para discutir a segunda fase do cessar-fogo em Gaza.

Reunião teve como foco a segunda fase do plano de paz para Gaza. A nova etapa prevê a retirada gradual das forças israelenses do território e a criação de uma nova administração provisória, sem a presença do Hamas. Trump afirmou que pretende iniciar o processo "o mais rápido possível".

Netanyahu disse que Israel está comprometido com o plano. Premiê agradeceu Trump e afirmou que a parceria com os EUA é fundamental para garantir a segurança de Israel e impedir o fortalecimento de grupos armados na região.

Esta foi a quinta visita de Netanyahu ao presidente americano em 2025. Ontem, Trump se reuniu com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, no mesmo local.

'É NECESSÁRIO QUE O HAMAS SE DESARME', DIZ TRUMP

Antes e depois da reunião, Trump afirmou a jornalistas que o Hamas terá um prazo curto para se desarmar. Segundo ele, a continuidade do grupo armado inviabiliza qualquer solução duradoura para o conflito.

Trump também afirmou que não vê motivos para preocupação com a atuação de Israel na condução do acordo. "Não estou preocupado com nada que Israel esteja fazendo. Eles cumpriram o plano", declarou.

IRÃ VOLTA AO CENTRO DO DISCURSO

Trump voltou a ameaçar o Irã caso o país tente retomar seu programa nuclear. O presidente afirmou que os EUA e Israel não permitirão qualquer avanço que represente risco à segurança regional, mas não detalhou eventuais ações.

"Ouvi dizer que o Irã está tentando desenvolver isso novamente. Se estiver, nós vamos derrubar. Vamos acabar com eles", disse Trump a jornalistas.

PRÊMIO E RELAÇÃO POLÍTICA

Durante a coletiva, Netanyahu anunciou que Trump receberá o Prêmio Israel da Paz, concedida a um cidadão não israelense. Segundo o primeiro-ministro, a mais alta honraria civil do país representa o "sentimento do povo pelo que ele fez conta o terrorismo".

Trump, por sua vez, agradeceu e afirmou que ficou "realmente surpreso" com a homenagem. O encontro reforça a aliança entre Trump e Netanyahu em um momento decisivo para o futuro do cessar-fogo em Gaza e para o equilíbrio de forças no Oriente Médio.