Crescimento econ?mico
Juiz de Fora apresentou crescimento na venda de bens dur?veis

S?lvia Zoche
27/08/04

A economista M?rcia Medeiros fala sobre a tend?ncia do governo em manter a redu??o do IPI na ind?stria. Clique e ou?a!

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A venda de bens dur?veis - que s?o produtos que se adquire para serem usados por um longo per?odo - foi uma das grandes respons?veis pelo crescimento econ?mico no 1? semestre de 2004, em todo Brasil. Em Juiz de Fora, a economista M?rcia Medeiros diz que a percep??o do crescimento ? maior, em fun??o do n?mero de abertura de lojas.

Os dois produtos mais vendidos que M?rcia destaca s?o os televisores e o aparelho celular. "At? as classes mais baixas est?o tendo acesso ao celular, que se tornou popular", diz. Tanto que a economista exemplifica que em algumas lojas, dependendo da compra que o cliente fa?a, ele ganha um aparelho.

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Nas ind?strias, o impacto direto para o crescimento
foi a redu??o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). "Com a redu??o do IPI, as ind?strias podem repassar essa redu??o para o pre?o final do produto", explica.

Para M?rcia, esta redu??o deve permanecer no 2? semestre, porque o governo decidiu manter a taxa de juros no patamar atual. "Essa ? uma medida que mostra cautela por parte do governo. Se a taxa eleva, ela pode trazer desemprego, recess?o... Como uma medida cautelosa, o governo vai usar a pol?tica fiscal para poder movimentar a economia".


O ciclo da economia no primeiro semestre foi o seguinte: aumento na produ??o, devido ao aumento das vendas, gerado pelo crescimento no consumo, o que significa que mais pessoas estavam empregadas e puderam consumir. Na opini?o da economista, ? prov?vel que este ciclo se mantenha at? o final do ano.

A redu??o do desemprego ? notada, segundo M?rcia, pelo aumento do n?mero de carteiras assinadas. "O que mostra uma diminui??o da informalidade e do n?vel de desemprego. Ainda vemos muitas pessoas trabalhando nas ruas, mas por falta de qualifica??o", diz.

Quem vende
Luiz Hagen O gerente de uma loja da cidade, Luiz Hagen, concorda que no 1? semestre houve um aumento significativo na venda de celulares.
"S? na minha casa compramos quatro aparelhos", diz.

Na loja em que trabalha, Hagen diz que 80% das pessoas que compram celulares s?o de classe baixa. E a maioria dos clientes preferem comprar aparelhos pr?-pagos.

Outro produto que foi bem vendido, na primeira metade do ano, foram os instrumentos musicais. "Mesmo com o crescimento da concorr?ncia, h? dois anos, os instrumentos s?o muito vendidos. E os clientes ainda preferem os importados", diz.

Servi?os
Foto ilustrativa Em pesquisa realizada por alunos da faculdade de Economia, em que M?rcia ? coordenadora, a conclus?o ? que Juiz de Fora gera mais emprego na ?rea de servi?os. Ou seja, est?o sendo abertas mais lojas na cidade, atra?das pelo consumo da popula??o.

"Juiz de Fora ? forte em servi?os. A tend?ncia est? sendo esta. Mas outros setores, como ind?stria, ainda n?o. Com a sinaliza??o do aumento do consumo de bens dur?veis pela classe m?dia, ? poss?vel que f?bricas vejam vantagens em se instalar na cidade", diz.

E ? por ser forte em servi?os que o Sindicato do Com?rcio Varejista, de Juiz de Fora, planeja flexibilzar o hor?rio de funcionamento das lojas, apesar do Sindicato dos Trabalhadores do Com?rcio discordar.

Se for aprovada a id?ia da flexibilidade, M?rcia diz que ou as empresas ter?o que trabalhar com banco de horas e, conseq?entemente, pagando horas extras; ou ter?o que contratar mais funcion?rios para trabalharem somente metade do expediente, o chamado part time (regime de quatro horas). "? uma tend?ncia positiva para a economia. Isso pode gerar empregos e aumento da renda, porque uma pessoa pode trabalhar full time (oito horas) em um determinado lugar e part time em outro. Mas tudo tem que ser muito bem discutido e acertado, antes da decis?o final", conclui.


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