Administre seu dinheiro em 2006
Doutor em Economia Aplicada explica como fazer para não levar sustos financeiros durante o ano que começa

Ricardo Corrêa
Repórter
15/12/05

Veja as dicas do doutor em Economia Aplicada, Fernando Agra, sobre os cuidados que se deve ter na hora de fazer o planejamento financeiro em 2006. Clique no ícone ao lado!

Leia!

Fim de ano, normalmente, é tempo de mudanças e, na economia, para muitos, não será diferente. Enquanto há aqueles que usam o décimo terceiro salário para pagar suas dívidas e começar o ano com as contas em dia, há quem fará o inverso, e, com as compras de Natal, pode acabar entrando em 2006 afogado em débitos. Mas para qualquer uma dessas pessoas é fundamental a administração correta do dinheiro no ano que se inicia, para evitar surpresas e para que o final de 2006 seja melhor que este, pelo menos financeiramente.

Para realizar essa tarefa, as dicas de um especialista são bastante úteis. O doutor em Economia Aplicada, Fernando Agra (foto acima), aconselha que se faça todo um planejamento rígido para o ano que se inicia, organizando as despesas de acordo com as receitas. Basicamente ele diz que a pessoa deve saber quanto ganha e quanto gastará durante os 12 meses do ano.

A primeira questão que se deve colocar é em relação às receitas. Elas podem ser fixas ou variáveis.

No caso de quem tem receitas fixas, ou seja, um salário fixo, a definição de um planejamento é mais simples. Já para quem recebe remunerações variáveis, o professor recomenda que se faça uma média de três ou quatro meses, para se definir um valor aproximado.

Definida qual será a receita, a pessoa deve se voltar para as despesas. Elas também podem ser fixas ou variáveis. Alguns exemplos de despesas fixas são os aluguéis, os condomínios, mensalidades escolares e planos de saúde. Ele ressalta, no entanto, que um grande erro das pessoas é considerar fixas algumas despesas que são variáveis.

"Energia, alimentação e conta de água, por exemplo, são despesas variáveis. Despesa fixa não é aquela que você terá todo mês, mas sim aquela que não mudará de um mês para o outro", explica o economista.

No caso dessas despesas variáveis, os cálculos devem ser feitos da mesma forma que com as receitas: fazendo uma média de três ou quatro meses pelo menos. Agra ressalta, ainda, que é muito importante que todo esse planejamento seja colocado no papel, para que a pessoa saiba exatamente que as despesas só podem ser, no máximo, iguais às receitas. Ele lembra, no entanto, que "quem gasta tudo o que ganha, não tem nada na vida".

Outro erro que costuma-se cometer com freqüência, segundo ele, é a falta das despesas anuais no planejamento. Impostos como o IPTU e o IPVA, por exemplo, mesmo que sejam pagos de uma só vez pelo contribuinte, devem constar no planejamento, pois significarão uma redução de recursos no total do ano. Pode se calcular, divindo por 12, qual será o impacto mensal de cada uma dessas contribuições.

Abaixo preparamos algumas dicas e orientações que serão muito úteis para quem deseja fazer o planejamento financeiro e se encontra em dívida ou ainda possui um dinheiro extra. Clique, nos links, para saber mais!

 

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