Esse ano as papelarias se encheram mais cedo e quem deixar para a ?ltima hora pode acabar pagando mais caro pela lista
Ricardo Corr?a
Rep?rter
10/01/06
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Faltando menos de um m?s para o in?cio do per?odo letivo, na maioria das escolas da cidade, os donos de papelaria est?o rindo ? toa. E em nenhuma ?poca eles riem tanto. Com o sorriso proporcional ?s vendas, nos meses de janeiro, fevereiro e mar?o o movimento cresce 50%. S?o os pais e estudantes em busca de comprar os ?tens da velha lista de material escolar, um dos grandes pesos do or?amento no in?cio do ano. Em 2006, o movimento se aqueceu mais cedo e com isso os lojistas j? est?o indo ao atacado para repor o estoque. ? o que explica Marli de Oliveira Aquino (foto ao lado), gerente de uma loja que trabalha tanto no atacado quando no varejo.
"Desde dezembro que o movimento j? melhorou bastante. Esse ano parece que as compras foram antecipadas e os lojistas j? est?o vindo repor o estoque. N?s esperamos um crescimento 15% maior do que no ano passado", contou a gerente, que ressalta uma leve altera??o nos pre?os de alguns produtos.
"Esse ano est? um pouco mais caro por causa dessa tributa??o que saiu agora em dezembro, mas implicou pouco no pre?o. Alguns produtos nem tiveram altera??o", conta.
A informa??o da atacadista Marli ? confirmada pelo varejista Leandro Braga. Em sua papelaria, as compras para o estoque tamb?m foram feitas com anteced?ncia e o consumidor tamb?m adiantou sua ida ?s prateleiras.
"O movimento j? est? aquecido. Esse ano come?ou um pouco mais cedo, desde a primeira semana do ano. Da? para frente aumenta bastante, at? mar?o. Esse ano esperamos um crescimento de 10 a 15% maior em rela??o ao ano passado", conta ele, que ressalta que nos tr?s primeiros meses do ano o movimento ? 50% maior do que no restante do per?odo. Ele ainda confirma que os pre?os mudaram pouco em rela??o a 2005.
"N?o houve um aumento exagerado. S? parte dos produtos que tiveram um pequeno aumento, repassado de taxas como aluguel, m?o-de-obra", explica Leandro. Segundo ele, os cadernos, l?pis e pap?is s?o as grandes fontes de renda das papelarias neste per?odo.
"N?s buscamos comprar esses produtos bem antes e agora s? acrescentamos alguns ?tens que n?o possu?mos no estoque. Os clientes que t?m mais tempo at? pesquisam mais, mas muitos compram a lista toda em uma mesma papelaria", conta, avaliando que as listas de material escolar est?o variando de R$ 20 a R$ 25 para as mais b?sicas, at? R$ 90 a R$ 100 para as maiores, isso s? para material escolar, sem contar os livros.
O peso no bolso
Se a varia??o dos pre?os ? pouco percept?vel para os lojistas, para quem
compra faz muita diferen?a. Por isso, Carlos Afonso Bordon (foto ao
lado) procurou
alternativas para n?o passar aperto na hora de comprar a lista de seus
quatro filhos. Mesmo assim ele tem dificuldades.
"Eu compro aqui no atacado, tudo embalado. Com o dinheiro que eu compro um pacote com dez, nos outros lugares eu compraria quatro. Mas mesmo assim ? complicado. Esse ano est? mais caro e temos que apertar o or?amento para dar conta. Compramos a metade, a outra metade coloco no cart?o. ? dif?cil. L? em casa s?o quatro e cada uma passa de R$ 100", explica. Ele reclama tamb?m da quantidade de materiais solilcitada pelas escolas.
"A crian?a acabou de entrar na escola e j? est?o pedindo dez cadernos de uma s? vez. Mas temos que comprar, n?o tem outro jeito, ent?o fazemos um esfor?o", diz.
Em outra papelaria, Eduardo Oliveira (foto ao lado) foi com a esposa e os filhos para comprar os materiais pedidos em duas listas. Saiu da loja com sacolas cheias e o bolso mais vazio. Mesmo assim, preferiu n?o reclamar.
"Os pre?os est?o mais ou menos iguais ao ano passado. Depois ? que aumenta um pouco", ressaltou. Ele preferiu comprar os materiais mais cedo para fugir das altas e tamb?m das preocupa?es. "As aulas come?am em fevereiro, mas n?s viemos mais cedo para evitar a confus?o, as filas e o aumento do pre?o tamb?m. Agora pelo menos dessa preocupa??o j? estou livre", diz.
J? Eveline Maluf compra apenas metade do material dos filhos. ? a parte individual. O restante, utilizado em conjunto por todos os alunos, a pr?pria escola compra, e ela paga uma taxa para isso. Mas em rela??o ? sua parte, ela fez logo, para evitar atropelos.
"Venho mais cedo para fugir da fila, mas as aulas s? come?am no dia 6 de fevereiro", conta Eveline que, no entanto, n?o escapou de um movimento maior j? na segunda semana do ano. Para ela, assim como para todos os pais de estudantes que v?o come?ar mais um ano, a primeira li??o j? foi dada: pesquisar e antecipar as compras significa, em ?ltima inst?ncia, economizar.
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