Fernando Agra 6/1/2010 A necessidade das reformas
Pelos recentes acontecimentos na conjuntura internacional, pôde-se perceber que as Reformas Política, Tributária, Administrativa, da Previdência e Fiscal são fundamentais para que a economia brasileira avance cada vez mais, de modo sustentável.
É por demais importante ressaltar um grande mérito do atual plano de estabilização, que foi a brusca redução da inflação. Onde, há pouco mais de quinze anos, o sofrimento da população brasileira frente ao perverso imposto inflacionário foi bastante atenuado. As camadas mais baixas, que não tinham acesso aos meios de indexação, consequentemente suas rendas eram corroídas continuamente ao longo do mês, eram as mais atingidas.
Hoje em dia, as famílias, empresas e o próprio Governo possuem melhores condições de planejamento. Para que essa situação se mantenha e consolide-se cada vez mais é necessário um ajuste, de maneira sustentada, nas contas deste último agente econômico citado.
É preciso que o Governo equacione suas despesas às receitas, para que assim, a dependência frente aos capitais de curto prazo seja atenuada, pois com a elevada volatilidade, os mesmos deslocam-se de uma região para outra numa rapidez muito elevada, fazendo a riqueza de uns e a desgraça de outros, como aconteceu ao longo dos últimos anos.
Se as Reformas já tivessem sido realmente implantadas, o Brasil teria passado melhor ainda pela turbulência econômica que assolou o mundo desde fins de 2007.
É urgente que as Reformas sejam implementadas, a fim de se consolidar o Plano Real. É preciso que o próprio Governo possa realmente gastar menos do que arrecada, de uma maneira sólida. Pois diga-se de passagem, que a população não suportará a volta do fantasma da inflação, uma vez que a estabilidade nos preços, já é uma benesse que os brasileiros querem a continuidade.
É fundamental uma reforma de base, que dispense medidas paliativas, a fim de que as contas públicas possam ser reorganizadas para que o Governo possua condições de investir em saúde, educação, segurança, entre outras funções que contribuem para o crescimento e desenvolvimento sócio-político-econômico da Nação.
Fernando Antônio Agra é Economista pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Doutor em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e professor universitário das faculdades Vianna Júnior, Estácio de Sá e Universo e do curso de Formação Gerencial do Instituto Educacional Machado Sobrinho, sendo todas a instituições em Juiz de Fora - MG
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