Im?veis no valor de R$ 80 mil s?o os mais procurados em JF
Depois v?m aqueles que est?o entre este valor e R$ 250 mil. Im?veis
usados s?o os mais ofertados na cidade
Rep?rter
21/05/2008
A maior procura por financiamentos na Caixa Econ?mica Federal de Juiz de Fora ? para im?veis no valor de at? R$ 80 mil. Depois v?m aqueles que est?o entre este valor e R$ 250 mil. Al?m disso, segundo a gerente regional da institui??o Elza de Oliveira Coimbra os im?veis usados s?o os mais ofertados.
Este fator est? relacionado ? oferta de mercado, maior para este tipo de im?vel.
Por?m ? um quadro que est? mudando devido ao crescimento do setor em Juiz de Fora. "Nos dois ?ltimos anos houve uma valoriza??o, o que ? reflexo do crescimento
da popula??o economicamente ativa, da queda da taxa de juros, em compara??o
a praticada anteriormente, e da estabiliza??o da economia, sem infla??o"
, explica a gerente.
Quem pode fazer um financiamento
Qualquer pessoa acima de 18 anos pode financiar um im?vel. Os idosos devem prestar a aten??o quanto ao n?mero de parcelas. Isso porque quanto maior a idade, menor o tempo para quitar a d?vida, j? que as seguradoras, empresas que oferecem o seguro do financiamento, s? aceitam parcelamentos de quem tem at? 80 anos de idade.
As seguradoras somam a idade do comprador com o tempo em que ele optou por pagar.
O total tem que ser de at? 80 anos. "Se uma pessoa tem 60 anos, o tempo m?ximo em que ela pode financiar o im?vel ? 20 anos, pois, assim, a soma ? 80"
, explica Coimbra.
Quem determina este prazo n?o s?o as institui?es financeiras, mas as seguradoras.
Este seguro ? essencial e obrigat?rio para financiamentos a longo prazo, porque garante que os dependentes n?o percam o im?vel se algum incidente ocorrer enquanto a d?vida ? quitada.
"Se o comprador falecer, a seguradora quita o valor restante para os dependentes. Por isso,
respeitamos suas regras"
.
Documentos necess?rios
Os documentos se dividem em tr?s grupos. Do primeiro fazem parte os documentos pessoais do comprador, como carteira de identidade, comprovante de renda, CPF e estado civil.
Estes documentos s?o importantes, porque a partir deles ? que a institui??o financeira vai definir o valor pago mensalmente e em quantas parcelas vai ser necess?rio dividir o im?vel. Al?m disso, ? nessa etapa que o banco faz a an?lise cadastral, a fim de verificar se o interessado tem alguma restri??o.
Se tudo estiver certo, o comprador recebe a carta de cr?dito para procurar o im?vel. O segundo grupo ? composto pelos documentos da resid?ncia, como registro, em caso de ser usado, e o habite-se, se for novo. Este documento indica que o im?vel est? apto para ser habitado. Os outros documentos, que correspondem ao terceiro grupo, s?o os pessoais do vendedor.
Elza alerta que, mesmo optando pelo financiamento, o comprador precisa ter uma reserva financeira para as primeiras despesas, referentes ao pr?prio parcelamento. S?o gastos com certid?es em cart?rios, taxas de vistoria, transfer?ncia do im?vel, registro da escritura e gravame da garantia. Segundo ela, ? dif?cil calcular um valor, pois ele depende de cada im?vel. Por?m, diz que, em m?dia, o comprador gasta 2% do valor da resid?ncia.
Fontes de recurso
Os recursos usados para pagar os im?veis enquanto os compradores financiam o valor total s?o provenientes do Fundo de Garantia por Tempo de Servi?o (FGTS), do Sistema Brasileiro de Poupan?a e Empr?stimo (SBPE) e Do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Cada um deles tem suas pr?prias regras e atende a um tipo de p?blico.
FGTS
No primeiro caso, o Conselho Curador do FGTS determina, anualmente, quanto vai ser retirado dos recursos depositados e destinado para o financiamento habitacional.
Para usar este recurso, o comprador n?o pode ter outro im?vel e o que vai ser comprado deve ser exclusivamente para moradia.
"? uma fonte para um p?blico com maior car?ncia habitacional"
, acrescenta Coimbra. A taxa de juros depende da renda e varia entre 6% ao ano e 8,16% ao ano.
Neste caso, trabalhadores que n?o t?m fundo de garantia tamb?m podem utilizar estes
recursos.
SBPE
O SBPE ? o recurso dos bancos e eles definem quem v?o atender. "Todas as institui?es
s?o obrigadas a reverter parte de seu dinheiro
para a habita??o"
, esclarece a gerente (foto abaixo). Assim, ? um sistema mais flex?vel e permite que pessoas que j? t?m im?veis financiem outros. Neste caso, o limite
? a renda do comprador. "Enquanto ele puder comprar, n?o h? problemas" A taxa de juros ? mais alta,
pois os recursos n?o s?o subsidiados pelo governo. Elas variam de 9% ao ano a cerca de 13% ao ano.
FAT
Os recursos mais escassos s?o os do FAT. "O objetivo deste fundo ? o de gerar emprego e renda e n?o o de financiar moradia, como o FGTS"
, diz. Eles tamb?m s?o voltados para a car?ncia habitacional e o comprador n?o pode ter outro im?vel. Neste caso, os juros tamb?m s?o menores.
Financiamento total de usados
A novidade que a institui??o oferece aos compradores ? o financiamento total dos im?veis usados. At? ent?o, o parcelamento s? acontecia para 80% do seu valor. O financiamento de 100% s? acontecia para os im?veis novos ou em constru??o. Os juizforanos que t?m uma renda familiar de at? R$ 4.900 e n?o t?m outro im?vel, podem financiar 100% do valor em at? 30 anos, dependendo da idade.
As formas de financiamento s?o v?rias e o comprador ainda pode pagar uma entrada, como forma de diminuir o n?mero de parcelas ou o valor pago mensalmente. Al?m disso, a vantagem da entrada ? a redu??o dos juros. Como entrada, a dica de Elza ? que o comprador fa?a uma retirada do pr?prio fundo de garantia.
Vantagens
Segundo a gerente, para o vendedor, a vantagem do financiamento habitacional
? a garantia de que vai receber o valor pedido na venda. "O dinheiro liberado pela
institui??o n?o passa na m?o do comprador. Ele ? pago diretamente a quem vende, que
recebe praticamente ? vista, entre 15 e 20 dias ap?s a concretiza??o da venda"
.
Para o comprador, a vantagem ? a tranq?ilidade de comprar um im?vel sem restri?es.
"A partir dos documentos do im?vel ? poss?vel sabermos se h? alguma pend?ncia.
O comprador tem a garantia de que n?o vai haver problemas daqui h? alguns anos"
.
Para morar ou lucrar?
Comprar uma casa ou um apartamento ? a op??o para se livrar do aluguel e os financiamentos podem ser um bom caminho para realizar esse sonho. Por isso, todo o cuidado ? pouco na hora de escolher o im?vel. O professor e consultor de investimentos Mauro Halfeld diz que, se a escolha for por um im?vel para morar, o ideal ? procurar um local confort?vel e que esteja localizado perto do trabalho e da escola dos filhos.
Mas se a op??o for comprar im?veis para t?-los como neg?cio, deve-se observar se
h? a possibilidade de haver valoriza??o. "Eles devem ser simples, na periferia
e para classes C e D. Estes tendem a ser mais rent?veis a longo prazo, porque tem
muito mais pessoas nascendo nessas classes que na A e B, para as quais h? grande
oferta de im?veis"
, explica.
Al?m disso, ele cita o fato de o poder p?blico chegar ? periferia com obras de melhoria na infra-estrutura, o
que n?o acontece nos bairros mais nobres. "Dessa forma, aqueles que quase ningu?m quer na periferia, s?o mais valorizados a longo prazo"
.
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