Mais energia em Juiz de Fora
Companhia Paraibuna de Metais investe na constru??o de hidrel?trica
Termel?trica vai abastecer 340 mil resid?ncias

Fl?via Machado
20/06/2001

A not?cia de racionamento de energia el?trica no pa?s trouxe preju?zos n?o s? para os consumidores residenciais, mas principalmente, para as empresas e ind?strias, que tiveram que rever suas metas de produ??o e ainda n?o sabem o que vai acontecer ao certo.

A Companhia Paraibuna de Metais est? entre as muitas ind?strias que dependem em boa parte das concession?rias de energia para garantir suas metas de produ??o. Atualmente, a Companhia opera com um volume de 94 mil toneladas de zinco ao ano, consumindo cerca de 430 GWh/ano de energia el?trica, dos quais 340 vem da hidrel?trica de Sobragi.

Para atingir a meta de duplica??o da produ??o de zinco, que faz parte do programa de extens?o da empresa, como explica o diretor superintendente, Jo?o M?rcio Queiroga (foto ao lado), a Paraibuna de Metais planeja come?ar em julho, a constru??o da Hidrel?trica de Picada, no Rio do Peixe, pr?ximo a Torre?es, com capacidade instalada de cerca de 50 Mwh/m?s. Se hoje a empresa opera com defasagem de 90 GWh/ano, com a constru??o da nova usina o problema ser? resolvido e a Companhia ainda vai vender a energia excedente. ?Energia el?trica para n?s ? um ponto estrat?gico e ? imprescind?vel para nosso plano de expans?o?, avalia o superintendente.

Os recursos do empreendimento, que est?o or?ados em US$ 45 milh?es, devem vir do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ?mico e Social (BNDES) e do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). O superintendente acredita que o BNDES vai dar o apoio necess?rio, j? que o Governo Federal est? estimulando a libera??o de recursos para constru??o de hidrel?tricas no pa?s, atrav?s do Banco.

A obra vai gerar 600 empregos diretos e mais 300 indiretos e tem um prazo de 27 meses para a sua conclus?o. A hidrel?trica pode gerar aproximadamente 280 GWh/ano, com duas turbinas.

A Paraibunade Metais venceu uma das mais disputadas licita?es, com 13 concorrentes, para a constru??o da usina em novembro do ano passado, pagando ?gio de 700%. As licita?es para as obras ainda ser?o realizadas, mas Jo?o M?rcio adianta que a maior parte do empreendimento deve ser feito por uma equipe pr?pria da Companhia.

A Funda??o Estadual do Meio Ambiente j? concedeu ? empresa a licen?a de opera??o. Em cumprimento ? determina??o legal, a Companhia vai investir 0,3% dos recursos para a constru??o da hidrel?trica em projeto ambiental, que ainda deve ser discutido.

O diretor superintendente adiantou que a CPM tem inten??o de investir em mais dois projetos a longo prazo, tanto na constru??o de hidrel?tricas quanto tamb?m na de uma termel?trica.

Termel?trica de Juiz de Fora
Usina vai garantir energia el?trica para a cidade

Foi lan?ada neste m?s de junho a pedra fundamental da Usina Termel?trica de Juiz de Fora (UTEJF) que vai fornecer energia a g?s natural, num projeto pioneiro em Minas Gerais. O valor total do investimento ? de R$ 120 milh?es. As turbinas v?o gerar 655 Gwh/ano, o que significa capacidade para abastecer at? 340.000 resid?ncias, com previs?o de tr?s meses para a sua constru??o. Utilizando modernas tecnologias de gera??o t?rmica a g?s, de grande efici?ncia energ?tica, a usina foi projetada para gerar energia el?trica a partir da queima do g?s natural, canalizado da esta??o de medi??o at? outra, de transfer?ncia, localizada pr?xima ? usina. Essa transfer?ncia ? realizada atrav?s de uma tubula??o de 10 polegadas de di?metro em um ramal de 4,3 km.

A constru??o da UTEJF ser? feita pelas empresas, Cat Leo Energia S/A, subsidi?ria de gera??o da Companhia For?a e Luz Cataguazes-Leopoldina, e a norte-americana Alliant Energy. O empreendimento vai gerar 25 empregos especializados durante sua opera??o, mobilizando um efetivo de 150 pessoas, direta e indiretamente, envolvidas em sua constru??o. A termel?trica ? parte do Programa Priorit?rio de Gera??o Termel?trica, promovido pelo Minist?rio das Minas e Energia e est? sendo constru?da na Estrada do Caracol, no Distrito Industrial, a 1,5 Km da BR - 040.

As usinas termel?tricas t?m como vantagem o pouco tempo necess?rio ? sua constru??o, e por estarem localizadas pr?ximas aos centros de consumo. Al?m disso, o g?s natural ? uma fonte energ?tica com boas caracter?sticas para a produ??o de energia el?trica por causa do baixo impacto provocado no meio ambiente. ? uma energia livre de materiais t?xicos, cuja queima resulta em efluentes atmosf?ricos que n?o agridem o meio ambiente.

O funcionamento da termel?trica

O projeto foi concebido em duas fases. Na primeira, a usina vai operar com duas turbinas a g?s. As turbinas, semelhantes ?s dos avi?es a jato de ?ltima gera??o, s?o do tipo LM 6000 PC, fabricadas pela General Electric Power Systems, s?o capazes de gerar 41 MW cada uma. Nesta fase (Ciclo Simples) as turbinas s?o acopladas diretamente ao gerador el?trico.

Na segunda fase, o Ciclo Combinado, os gases em alta temperatura, resultantes de sua queima nas turbinas, passar?o por uma caldeira de recupera??o de calor que produzir? o vapor reaproveitado para gerar mais energia em uma turbina a vapor, melhorando o rendimento da usina. Esta fase do projeto ser? conclu?da at? o final de 2002, resultando em uma capacidade final de 103 MW de pot?ncia, gerando cerca de 820 GWh/ano em energia.


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