Preço da gasolina deve sofrer reajuste até 21 de outubro
O dia 21 de outubro é o prazo estimado para que o governo federal conceda um novo reajuste no preço da gasolina. A data é estratégica para o Palácio do Planalto, já que ocorrerá neste dia o primeiro leilão do campo de petróleo e gás natural oriundo da camada de pré-sal em Libra (SP). A estimativa é de um aumento de cerca de 8% nas refinarias até a realização do leilão.
A elevação permitirá a melhora da situação financeira da Petrobrás, já que será possível repassar ao mercado interno o combustível adquirido no exterior a um preço maior, ao contrário do que vem fazendo desde janeiro.
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Com o aumento do preço, a situação financeira da Petrobrás deve melhorar imediatamente, uma vez que ela poderá repassar para o mercado interno o combustível adquirido do exterior a um preço maior do que vem fazendo desde janeiro. Como o preço da gasolina é fixo e controlado pelo governo federal, a estatal já havia solicitado formalmente o reajuste para reduzir a diferença entre o custo do combustível comprado no exterior e o vendido nos postos de gasolina brasileiros.
A Petrobrás tem perdido cerca de R$ 1 bilhão por mês, já que precisa gastar mais reais no exterior para adquirir a mesma quantidade de combustível, cotado em dólar. Com o aumento do consumo de combustível nos últimos anos, as operações da estatal tem causado impacto inclusive na balança comercial brasileira.
Em Brasília, o aumento da gasolina já está decidido, mas segmentos do governo ainda defendem que o reajuste seja postergado ao menos até o fim do ano, ou mesmo que seja concedido apenas em janeiro de 2014 por causa dos índices de inflação. Os setores que apoiam o aumento alegam que a situação já está controlada.
Dentro do governo existe um consenso de que o encarecimento da gasolina estimularia indiretamente o setor sucroalcooleiro, já que ele se tornaria mais barato nas bombas e, aos olhos do consumidor, seria uma opção mais rentável. Outro ponto discutido é a composição da gasolina no Brasil, cuja mistura tem 25% de etanol e diminuiria o repasse da alta de preços nas refinarias para as bombas nos postos de combustíveis.
Com informações da Agência Estado
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