O Presente Momento

Adnré SallesAndré Salles 23/03/2017

Tudo que buscamos, informamos e defendemos até então, relativo à terminologia Mindfulness, diz respeito ao ser humano integral e estão voltados ao despertar de uma “consciência” de si mesmo e do mundo que o cerca, momento-a-momento. O despertar da consciência não oferece qualquer risco à saúde física, mental do ser humano. Vejamos uma simples definição de Vitor Friary, estudioso e profissional do assunto: “Mindfulness é um estado de consciência do presente momento com atitudes psicológicas específicas como abertura, gentiliza e receptividade. Uma pessoa é considerada Mindful se ela é capaz de se tornar uma observadora de sua experiência, abrindo mão da tendência de julgar essa experiência, em especial quando esse julgar provoque mais desconforto do que solução”.
 
Hoje temos um pouco mais de esclarecimento sobre aplicações de Mindfulness no contexto organizacional: abertura, gentileza, receptividade, consciência do presente momento... A base de aplicação da ‘abertura’, ‘gentileza’ e ‘receptividade’ está naquilo que chamamos de “ficar no aqui-agora” ou “observar a coisa como ela é sem acrescentar ou retirar algo”. Aquela atitude de “abertura” sem emitir juízo de valor no tocante às relações e ações (movimentos) que acontecem no ambiente organizacional é, para nós, o fundamento para a compreensão dos movimentos organizacionais e suas implicações. O esforço individual no sentido de aplicar o conhecimento adquirido, no âmbito da organização, possibilita-nos, em seu devido tempo: 1. Organizar e agir com equilíbrio dentro de nosso ambiente de trabalho e 2. Estabelecer uma relação salutar de convivência com outros colegas. Em uma linguagem simples, possibilita a “preparação”, ou seja, “ser capaz de por si mesmo resolver os problemas que surgem quando trabalha”.
 
Nosso foco, ao inferir sobre possíveis aplicações na organização, está no desenvolvimento da consciência e também na Psicopedagogia. A individualidade, no caso o trabalhador, tem a si mesmo e o próprio espaço de trabalho para desenvolver suas habilidades as quais foram apontadas pelo Mindfulness: ‘abertura’, ‘gentileza’ e ‘receptividade’. Vamos exemplificar: observamos um movimento no trabalho onde um trabalhador deixa claro para os colegas que não gosta de atender telefones durante o trabalho. Embora esta seja uma das tarefas de sua responsabilidade, ele formulou esta proposição aos seus colegas. No dia seguinte, este trabalhador bate o ‘auricular’ na base do telefone a ponto de quase quebra-lo. Como reagiríamos? Será que reagiríamos a partir da base anterior por ele formulada (não gosto de atender ao telefone) ou ficaríamos ‘receptivos’ ao fato sem emitir juízos de valor?
 
Não é nada incomum acionarmos imediatamente a reação de dar ciência do fato ao nosso Chefe, por exemplo. Aprendemos isto quando éramos crianças. Aquela reação de ‘quase quebrar a base do telefone’ do colega de trabalho é ‘um absurdo’, muitas vezes afirmamos. Muitas vezes não podemos suspender tal atitude ou nos ver livres desta “armadilha da mente”. Porém, caso tenhamos a capacidade de permanecer no ‘presente momento’ nossas reações habituais, observando o fato, sem emitir qualquer julgamento a respeito daquela ação, a possibilidade de um conseguinte mais harmonioso e elucidado surgiria. Isto ocorre porque quando “não julgamos” nós mudamos nossa maneira de pensar, isto é, nós não mais pensamos (agimos) a partir daquilo que nos ensinaram desde quando éramos pequenos (reagir), porém a partir de nosso próprio “pensar” e “sentir” - momento-a-momento - que é o mesmo que dizer que estamos nos abrindo ao momento presente sem ir ao futuro ou retomar ao passado.
 
Analisemos rapidamente o outro lado da moeda. Nós observamos aquela atitude do colega, de ‘quase quebrar a base do telefone’, e não emitimos julgamento sobre isto. Uma atitude de curiosidade ajuda. Como por exemplo: oh!, este sou eu observando um colega agir desta forma... sem reagir... Caso surgisse em nosso pensamento o fato do colega ter dito anteriormente que não gosta de atender ao telefone – ou outro pensamento - nós o suspenderíamos gentilmente, afastando este pensamento e aguardaríamos o dia seguinte sem voltar a ponderar ou agir sobre o ocorrido. Sem, também, formular qualquer intenção de querer mudar o acontecido do jeito que achamos ser o correto. O que poderia ter acontecido? Para nossa surpresa, não poderia o colega de trabalho nos informar que nosso Chefe pediu que ele fizesse aquilo para observar as reações dos demais trabalhadores? Neste caso, como ficariam nossas reações de ter “levado” algo distinto do que aconteceu - de verdade - ao nosso Chefe? Tenhamos a capacidade de esperar os movimentos seguintes que acontecem no ambiente organizacional cultivando a ‘consciência do presente momento’, este movimento – forma de agir - pode nos revelar coisas surpreendentes. Busquemos aprender a não reagir imediatamente, uma nova maneira de pensar despontará. Um pensamento vigoroso estará em nosso agir no trabalho.


Tudo que buscamos, informamos e defendemos até então, relativo à terminologia Mindfulness, diz respeito ao ser humano integral e estão voltados ao despertar de uma “consciência” de si mesmo e do mundo que o cerca, momento-a-momento. O despertar da consciência não oferece qualquer risco à saúde física, mental do ser humano. Vejamos uma simples definição de Vitor Friary, estudioso e profissional do assunto: “Mindfulness é um estado de consciência do presente momento com atitudes psicológicas específicas como abertura, gentiliza e receptividade. Uma pessoa é considerada Mindful se ela é capaz de se tornar uma observadora de sua experiência, abrindo mão da tendência de julgar essa experiência, em especial quando esse julgar provoque mais desconforto do que solução”.

 

Hoje temos um pouco mais de esclarecimento sobre aplicações de Mindfulness no contexto organizacional: abertura, gentileza, receptividade, consciência do presente momento... A base de aplicação da ‘abertura’, ‘gentileza’ e ‘receptividade’ está naquilo que chamamos de “ficar no aqui-agora” ou “observar a coisa como ela é sem acrescentar ou retirar algo”. Aquela atitude de “abertura” sem emitir juízo de valor no tocante às relações e ações (movimentos) que acontecem no ambiente organizacional é, para nós, o fundamento para a compreensão dos movimentos organizacionais e suas implicações. O esforço individual no sentido de aplicar o conhecimento adquirido, no âmbito da organização, possibilita-nos, em seu devido tempo: 1. Organizar e agir com equilíbrio dentro de nosso ambiente de trabalho e 2. Estabelecer uma relação salutar de convivência com outros colegas. Em uma linguagem simples, possibilita a “preparação”, ou seja, “ser capaz de por si mesmo resolver os problemas que surgem quando trabalha”.

 

Nosso foco, ao inferir sobre possíveis aplicações na organização, está no desenvolvimento da consciência e também na Psicopedagogia. A individualidade, no caso o trabalhador, tem a si mesmo e o próprio espaço de trabalho para desenvolver suas habilidades as quais foram apontadas pelo Mindfulness: ‘abertura’, ‘gentileza’ e ‘receptividade’. Vamos exemplificar: observamos um movimento no trabalho onde um trabalhador deixa claro para os colegas que não gosta de atender telefones durante o trabalho. Embora esta seja uma das tarefas de sua responsabilidade, ele formulou esta proposição aos seus colegas. No dia seguinte, este trabalhador bate o ‘auricular’ na base do telefone a ponto de quase quebra-lo. Como reagiríamos? Será que reagiríamos a partir da base anterior por ele formulada (não gosto de atender ao telefone) ou ficaríamos ‘receptivos’ ao fato sem emitir juízos de valor?

 

Não é nada incomum acionarmos imediatamente a reação de dar ciência do fato ao nosso Chefe, por exemplo. Aprendemos isto quando éramos crianças. Aquela reação de ‘quase quebrar a base do telefone’ do colega de trabalho é ‘um absurdo’, muitas vezes afirmamos. Muitas vezes não podemos suspender tal atitude ou nos ver livres desta “armadilha da mente”. Porém, caso tenhamos a capacidade de permanecer no ‘presente momento’ nossas reações habituais, observando o fato, sem emitir qualquer julgamento a respeito daquela ação, a possibilidade de um conseguinte mais harmonioso e elucidado surgiria. Isto ocorre porque quando “não julgamos” nós mudamos nossa maneira de pensar, isto é, nós não mais pensamos (agimos) a partir daquilo que nos ensinaram desde quando éramos pequenos (reagir), porém a partir de nosso próprio “pensar” e “sentir” - momento-a-momento - que é o mesmo que dizer que estamos nos abrindo ao momento presente sem ir ao futuro ou retomar ao passado.

 

Analisemos rapidamente o outro lado da moeda. Nós observamos aquela atitude do colega, de ‘quase quebrar a base do telefone’, e não emitimos julgamento sobre isto. Uma atitude de curiosidade ajuda. Como por exemplo: oh!, este sou eu observando um colega agir desta forma... sem reagir... Caso surgisse em nosso pensamento o fato do colega ter dito anteriormente que não gosta de atender ao telefone – ou outro pensamento - nós o suspenderíamos gentilmente, afastando este pensamento e aguardaríamos o dia seguinte sem voltar a ponderar ou agir sobre o ocorrido. Sem, também, formular qualquer intenção de querer mudar o acontecido do jeito que achamos ser o correto. O que poderia ter acontecido? Para nossa surpresa, não poderia o colega de trabalho nos informar que nosso Chefe pediu que ele fizesse aquilo para observar as reações dos demais trabalhadores? Neste caso, como ficariam nossas reações de ter “levado” algo distinto do que aconteceu - de verdade - ao nosso Chefe? Tenhamos a capacidade de esperar os movimentos seguintes que acontecem no ambiente organizacional cultivando a ‘consciência do presente momento’, este movimento – forma de agir - pode nos revelar coisas surpreendentes. Busquemos aprender a não reagir imediatamente, uma nova maneira de pensar despontará. Um pensamento vigoroso estará em nosso agir no trabalho.


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