M?rcio Hallack
Artista prepara o 3? CD e mant?m o tom da m?sica instrumental

Fl?via Machado
20/04/2001

Este mineiro de Juiz de Fora ? pianista, arranjador, compositor e ainda tem tempo para ser m?dico cardiologista! Estamos falando de M?rcio Hallack, que vira e mexe, est? se apresentando nos bares da cidade. Sozinho, ao piano, ou acompanhado, em duo, trio e at? quinteto, com outros amantes da m?sica instrumental.

Sua grande paix?o ? a m?sica erudita, que come?ou desde cedo, quando iniciou sua forma??o ao piano. Participou de antigos festivais de M?sica Popular Brasileira, no Cine Theatro Central e, atualmente, est? concluindo seu mais recente trabalho: o terceiro CD de sua carreira.

Na bagagem, M?rcio traz muitos pr?mios, parcerias em composi?es com grandes nomes da MPB, como Hermeto Paschoal, Tom Jobim e Paulinho da Viola. Al?m de apresenta?es no eixo Rio, S?o Paulo, BH e JF.

A carreira de m?sico profissional teve in?cio, mais ou menos, no final da d?cada de 70 e in?cio dos anos 80, com a participa??o na Rodada Brahma, em 1979, no Hotel Nacional, no Rio. Em 89, depois de gravar composi?es em alguns discos, entre eles, o do grupo de choro, Galo Preto, gravou seu primeiro LP, ao lado de Robertinho Silva, Mauro Senise, Nelson ?ngelo, entre outros. Da? para frente, as coisas foram acontecendo e as parcerias tornaram-se mais freq?entes, como em 1993, em que M?rcio Hallack abriu o ent?o show de Victor Biglione, com quem atua nos palcos at? hoje.

?Tudo Azul?, t?tulo do segundo CD, foi lan?ado em 1996, com 11 faixas, sendo oito composi?es de sua autoria. Suas m?sicas tamb?m foram trilha sonora de diversos filmes, entre eles ?Lanterna M?gica?, de Alexandre Alvarenga, sobre a obra do cineasta mineiro, Jo?o Carri?o, e ?O Rei do Samba?, do cineasta Jos? Setti, sobre a vida e obra do compositor Geraldo Pereira. A ?ltima participa??o no cinema foi num filme ainda n?o lan?ado sobre Murilo Mendes, ?A Janela do Caos?.

Atualmente, Hallack confessa estar meio afastado dos palcos, por falta de tempo e dedica??o ? m?sica. Mas adianta que em breve lan?ar? mais um CD, ?Talism?. Segundo ele, ?por volta do meio do ano?. Os coment?rios sobre este trabalho, M?rcio prefere n?o fazer, ?antes que tudo esteja conclu?do?. Sua explica??o para estar fora dos palcos de Juiz de Fora ? que na cidade n?o existiriam bons produtores voltados para a m?sica instrumental, al?m das poucas casas de espet?culos.

?Alguns shows devem ser apresentados em teatros, com uma ac?stica apropriada, onde as pessoas v?o, necessariamente, para curtir sua m?sica. Em bares, o ambiente ? muito diferente, ? mais descontra?do. Tamb?m tem seu lado bom, com a participa??o do p?blico e d? menos trabalho de produzir. Mas, de vez em quando, faz bem apresentar um show com uma produ??o caprichada.? E ele admite n?o ser t?o f?cil conseguir um espa?o em bons teatros.


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