Pedro Nava
Primeiro, o rascunho ? m?o, em seguida a vers?o passada a
limpo, ainda manuscrita. Por fim, a carta datilografada. Esse documento foi escrito em 1975 e enviado aos amigos Afonso Arinos, Jos?
Nabuco, Pl?nio Doyle e Carlos Drummond de Andrade. Os m?dicos ?zio Fund?o e
Renato Pacheco tamb?m receberam uma c?pia. Dito e feito Na carta h? um pedido para que n?o fosse enterrado antes de 24 horas depois
de dado como morto - ele tinha pavor de ser sepultado ainda vivo. O
documento traz tamb?m a descri??o de como o corpo deveria estar no
caix?o. At? hoje n?o se sabem os motivos do suic?dio de Nava. O escritor se matou
num domingo, por volta das 22h. Depois de receber um telefonema, Nava, muito
assustado, revelou ? mulher que nunca tinha ouvido tanta obscenidade em toda
a vida. Logo depois, o escritor saiu de casa, deixando a porta aberta. Na
Gl?ria, ficou sentado em um banco por uma hora e meia at? se matar com um
tiro no ouvido. Exibida pela primeira vez no Brasil, as tr?s vers?es da carta-testamento de
Pedro Nava est?o em exposi??o no Centro de Estudos Murilo Mendes. Leia mais:
O pedido de Nava foi atendido. Em 13 de maio de 1984, na ocasi?o da morte do
escritor a carta foi lida. No conte?do do documento, Nava diz que quer um
funeral simples e sem flores. Nega ainda qualquer homenagem da Policl?nica
do Rio de Janeiro onde trabalhou durante muitos anos e pediu demiss?o por
n?o aceitar a conduta dos diretores.
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