Jo?o Greg?rio - o Marrom
Boxeador que fez hist?ria nos ringues nacionais

Colabora??o:
*Renata Silva
19/10/04

Clique no ?cone ao lado e veja o v?deo no qual Jo?o Greg?rio, o Marrom, fala, com orgulho, sobre suas conquistas atrav?s do boxe

Veja!

Foto Divulga??o H? 50 anos, Jo?o Greg?rio, popularmente conhecido como Marrom faz sua hist?ria no mundo do boxe. Natural de Belo Horizonte, mas morando em Juiz de Fora h? 30 anos, o pugilista iniciou sua carreira de modo curioso.

"Na ?poca, tinha apenas 15 anos e vi um novo vizinho chegando com luvas de boxe, m?scaras e materias de treinamento. Ajudei a carregar tudo aquilo, fiquei muito interessado e resolvi treinar", recorda.

Para concretizar a nova paix?o, o jovem ingressou na Pol?cia Militar de Minas Gerais, j? que l? poderia ter aulas de boxe com o vizinho, Chouber, professor da Academia. "A PM aceitava menores em seu corpo, por isso fui em busca da oportunidade", diz.

O atleta confessa que no in?cio ficou entusiasmado com a credibilidade e o respeito que os lutadores de sucesso adquiriam na sociedade e isso fez com que seu esfor?o aumentasse. "Faz?amos disputas entre mineiros e cariocas e acontecia aquela vaidade de aparecer na TV, nos jornais e ser admirado pelas garotas". A ilus?o do adolescente foi respons?vel pela cria??o de um reconhecido atleta. "Com o tempo, vi que o neg?cio era disciplina e passei a investir nisso", conta.

Lutador, policial e professor
Jo?o recorda que seu trabalho na Pol?cia Militar sempre esteve ligado ao mundo dos esportes. "Dava aula para os soldados de defesa pessoal e logo ap?s, fui professor de educa??o f?sica em algumas escolas das cidades de Belmiro Braga, Lima Duarte, Guidoval, S?o Geraldo, Cataguases e Ub?".

Deste trabalho, ele destaca com orgulho a amizade e confian?a das crian?as da regi?o. "N?o era um repressor, mas um educador. As pessoas se assustavam com a id?ia de um lutador nas escolas, mas depois entendiam a minha mensagem", conta emocionado.

A revolu??o do "mestre" foi t?o grande que at? as meninas passaram a se interessar pelo esporte. "Muitas tinham atestado m?dico porque n?o gostavam da educa??o f?sica, mas resolveram fazer as atividades".

O contato direto com a realidade estudantil fez com que Marrom percebesse as defici?ncias da ?rea e junto com a comunidade promoveu campanhas para a constru??o de quadras esportivas. "Criamos uma ponte entre prefeituras, pol?cia e sociedade civil, foi bom para todos", relembra.

A not?cia Marrom
Ao mesmo tempo que treinava as crian?as, Marrom promovia alguns eventos de luta, reunindo profissionais do boxe, jud? e luta livre. O pugilista recorda que a grande sensa??o das d?cadas de 60 e 70 era o tele catch, uma esp?cie de combate-show, geralmente transmitido pelas emissoras TV Industrial e TV Tupi.

"Mesmo o p?blico que n?o se interessava por lutas ficava emocionado com os golpes e todo aquele ambiente", diz. Greg?rio compara esse tipo de luta ao trabalho de um dubl? e garante que os golpes doem de verdade. "A ?nica diferen?a ? que se o sangue escorre, n?s fazemos com que ele se espalhe por todo o corpo para dar mais emo??o ao p?blico".

Entre os casos mais marcantes, ele recorda o de um show no qual um menino era massacrado por um homem de 100 quilos e p?blico quase subia no ringue para defend?-lo. "Nessa apresenta??o era tudo bem montado e o garoto n?o sofria nada".

No show c?mico, perucas e dentaduras eram usadas como um art?ficio para arrancar gargalhdas do p?blico. "Os lutadores colocavam perucas e simulavam o arrancar do couro cabeludo, era engra?ad?ssimo".

O destino do boxeador
Atualmente, Marrom treina as filhas Rosemary (14) e C?ntia (9) para a defesa pessoal.Seu grande sonho ? montar uma academia e para isso, pretende firmar parceria com algu?m que disponibilize o espa?o f?sico. "Tenho todo material s? preciso do espa?o".

Renata Silva ? estudante do 7? per?odo da Faculdade de Comunica??o da UFJF.




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