SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil de São Paulo prendeu dois homens suspeitos de participar de uma quadrilha que aplicava golpes em locadoras de veículos. Conforme as apurações, os automóveis, após alugados, eram levados para a Bolívia.

As investigações tiveram início depois de representantes das empresas procurarem a polícia. À reportagem, o delegado Francisco Solano de Santana, titular do 99° DP (Campo Grande, na zona sul da capital paulista), disse que cerca de 500 veículos foram alugados e não devolvidos, resultando em prejuízo milionário.

Os automóveis alvos dos criminosos custam, em média, R$ 150 mil.

Segundo as investigações, um dos núcleos da quadrilha, responsável por alugar os carros, recebia de R$ 4.000 a R$ 10 mil, dependendo do valor do carro. Os valores sobre os custos de cada veículo era parte de uma tabela elaborada pelos criminosos.

Já com o veículo em posse do grupo, um motorista e um acompanhante seguiam até Corumbá (MS), cidade na fronteira entre os dois países.

A dupla encarregada de levar o veículo ficava hospedada em hotéis de luxo, enquanto advogados regularizavam a entrada do veículo na Bolívia. No país vizinho, uma junta de profissionais era responsável por legalizar os carros.

Como não havia restrições, a quadrilha transitava tranquilamente por policiais e barreiras alfandegárias. A investigação que resultou na prisão da dupla foi batizada de Viagem Segura.

Além das duas prisões, outros quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, um dos líderes da quadrilha foi morto. A suspeita é de que ele tenha sido vítima de seu próprio grupo.


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