RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O delegado da Polícia Federal Roberto Moreira Silva Filho, 35, morreu nesta sexta-feira (26) durante operação para o combate a madeireiras ilegais em Mato Grosso. Ele foi baleado em Aripuanã, a cerca de 950 km de Cuiabá.
Silva Filho era o chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Superintendência de PF de Mato Grosso. Estava na Polícia Federal desde dezembro de 2020.
Ele coordenava a Operação Onipresente, que combate a extração ilegal de madeira na Terra Indígena Aripuanã.
Sua equipe estava abordando caminhões durante a madrugada, quando um caminhoneiro desobedeceu a ordem de parar e jogou o caminhão sobre os agentes. Os policiais revidaram com tiros, e uma das balas teria atingido o delegado.
A Polícia Federal e a ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal) disseram que estão acompanhando de perto as investigações.
A Polícia Civil de Mato Grosso não deu informações sobre o caso. O motorista do caminhão ficou ferido, foi atendido em um hospital de Aripuanã e preso.
O ministro da Justiça, Anderson Torres, prestou condolências no Twitter.
"É com imenso pesar que recebi a notícia do falecimento do delegado da Polícia Federal Roberto Moreira da Silva Filho, baleado durante uma operação em Mato Grosso. Meus sentimentos aos familiares e amigos", escreveu.
A ADPF afirmou em nota que Silva Filho era um "profissional extremamente dedicado, combativo e abnegado, sempre buscou aplicar a lei e combater o crime".
"Apesar de reconhecermos os riscos inerentes à nossa profissão, é sempre difícil aceitar a morte tão precoce de um colega em virtude do cumprimento de sua missão no combate aos crimes ambientais."
A Polícia Federal também expressou "condolências e solidariedade aos familiares e amigos enlutados".
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