RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) - Por 40 anos uma idosa austríaca protegeu o rosto com filtro solar diariamente. O pescoço não recebeu o mesmo cuidado e hoje, aos 92 anos, é possível ver a diferença marcante dos danos causados pelo sol no pescoço da paciente.
A imagem impactante que viralizou na mídia internacional e nacional nos últimos dias é parte de um artigo sobre câncer de pele publicado no Journal of The European Academy of Dermatology and Venereology em outubro 2021.
O trabalho "Ageing research: rethinking primary prevention of skin cancer" (Pesquisa sobre envelhecimento: repensando a prevenção primária do câncer de pele, em português), foi escrito pelo médico dermatologista Christian Posch, membro do departamento de dermatologia e alergia da Escola de Medicina da Universidade Técnica de Munique, na Áustria.
No Twitter, o autor do estudo comentou o impacto da foto na conscientização sobre o câncer de pele. "Raios UV [ultravioleta] são uma coisa, envelhecer é outra", escreveu.
O pesquisador também pediu para que as pessoas não se esqueçam de ler o artigo original inteiro, uma vez que não se trata apenas de envelhecimento, mas de combate ao câncer que mais atinge os seres humanos, especialmente os de pele mais clara.
De acordo com a pesquisa, o envelhecimento funciona como "indutor discreto e potente de câncer de pele" e "precisa ser tratado sistematicamente para melhorar a prevenção" da doença.
Porshe diz no trabalho que mesmo com o potencial de reduzir a incidência em taxas sem precedentes, a prevenção por meio do filtro solar não eliminará o risco da doença e são necessárias "medidas de melhoria da saúde pública visando otimizar a prevenção de tumores em escala."
O médico também destaca a melhoria das "estratégias de tratamento personalizado para indivíduos com câncer de pele ativo" como algo fundamental para o combate à doença.
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