SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os dois acusados de matar a aposentada Martha Maria Lopes Pontes, 77, e a diarista Alice Fernandes da Silva, 51, ficaram em silêncio durante interrogatório em audiência realizada nesta terça-feira (6) na 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

As duas foram encontradas degoladas e carbonizadas na tarde do dia 9 de junho em um apartamento de alto padrão no bairro do Flamengo, zona sul do Rio.

Segundo denúncia do Ministério Público, Martha havia contratado Jhonatan Correia Damasceno no início do ano para serviços de pintura no apartamento. No dia do crime, ele e William Oliveira Fonseca foram ao imóvel, amarraram e amordaçaram as vítimas.

O Ministério Público afirma que o pintor exigiu que a idosa assinasse cheques no valor de R$ 15 mil. Após sacar o dinheiro em uma agência bancária, ele teria voltado ao apartamento e, junto com o parceiro, decidido matar as duas vítimas.

Os dois foram denunciados pelos crimes de latrocínio, extorsão qualificada e incêndio. Além dos R$ 15 mil, eles são acusados de levar aparelhos celulares das vítimas.

Nesta terça foram ouvidas onze testemunhas, entre elas o irmão de Martha, dois filhos de Alice e duas testemunhas de defesa.

O juiz Flavio Itabaiana de Oliveira Nicolau, que presidiu a audiência, aceitou requerimento do Ministério Público e dos defensores públicos para que os réus apresentem as alegações finais por escrito. Depois dessa etapa, o juiz vai decidir se os dois irão para júri popular.


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