RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco (PSOL), foi condenado pela acusação de comércio de arma de fogo em razão das 117 peças de fuzis apreendidas no dia de sua prisão, em março de 2019.

A pena estabelecida pela 40ª Vara Criminal foi de 13 anos e 6 meses de prisão. A defesa de Ronnie Lessa afirmou que vai recorrer da decisão.

As armas estavam escondidas na casa de Alexandre Motta de Souza, no Méier, zona norte do Rio de Janeiro. Ele foi absolvido pela juíza Alessandra Bilac, ao alegar que não sabia o que havia dentro das caixas entregues por Lessa, seu amigo de infância.

A defesa do ex-PM alegou que as peças seriam usadas para armas de airfsoft. A magistrada, porém, descartou os argumentos defensivos.

"O delegado da DESARME, em suas declarações em sede judicial, explicou que, apesar de as demais peças não serem exclusivas de fuzis, podendo ser utilizadas para a montagem de airsoft também, pela qualidade do material, pode-se afirmar que seriam utilizadas para a produção de fuzis reais. Isso porque, financeiramente, não compensaria comprar peças de qualidade e resistência suficientes para efetuar disparos com munição verdadeira, para montar fuzis de airsoft", destacou um dos trechos da decisão.

O advogado Bruno Castro afirmou que vai recorrer "para buscar a justiça completa, que é a absolvição do Ronnie, pois a conduta imputada a ele não configura crime". "Em pese a justiça em relação ao Alexandre, o qual foi acertadamente absolvido, não houve uma valoração jurídica correta em relação ao Ronnie."

Lessa foi preso em março de 2019 sob acusação de matar a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, assassinados um ano antes. Ele está preso há três anos, mas ainda não há julgamento marcado para analisar a acusação de duplo homicídio.


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