RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - A Polícia Civil do Rio de Janeiro faz buscas por um homem que foi flagrado em câmeras de segurança do prédio onde mora batendo e sufocando o enteado, uma criança de 4 anos. O agressor foi identificado como Victor Arthur Possobom, 32.
O caso aconteceu em um condomínio residencial na cidade de Niterói (RJ). Segundo a 77ª DP (Icaraí), o inquérito está em fase de investigação e testemunhas estão sendo ouvidas. As agressões contra o menino foram feitas no mês de fevereiro, porém as imagens foram divulgadas nesta sexta-feira (16).
Em um dos vídeos, o homem aparece sentado ao lado da criança em um sofá no saguão do condomínio. Ele fala algo para o menino. Segundos depois, o agressor chega a olhar para o lado para verificar se teria alguém no local e em seguida dá dois socos no rosto da criança, que chora. Logo após, o homem sufoca a criança segurando o nariz e a boca. Ele então percebe a presença de uma senhora e disfarça.
Na outra imagem, o agressor entra com o menino no elevador do prédio. A criança, que está com uma máscara de proteção contra a Covid, aparenta mostrar alguma coisa no rosto para padrasto, que imediatamente o sufoca pressionando a criança contra o espelho do elevador. O menino fica cerca de 5 segundos nessas condições.
Relacionamento abusivo Procurada pela reportagem, Jessica Jordão, mãe da criança, alegou que não sabia das agressões.
"Eu soube depois de ver as imagens de segurança. O síndico do prédio que fez a denúncia no Conselho Tutelar e na delegacia. Meu filho foi morar com o avô, eu tentei sair de casa, mas ele não deixou".
Ela relata ainda que conseguiu uma medida protetiva contra Victor. "Durante o período que ele me manteve presa no apartamento, ele me agrediu, abusou de mim. Eu cheguei a engravidar e perdi um filho por conta das agressões. Ele já tinha um comportamento agressivo comigo, mas nunca imaginei que com meu filho também".
A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Victor Possobom.
Em caso de violência, denuncie Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie. Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 -Central de Atendimento à Mulher- e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos. Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e através da página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.
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