SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A PF (Polícia Federal) concluiu e encaminhou à Justiça nesta segunda (26) o inquérito final da morte de Genivaldo de Jesus dos Santos, ocorrida no município de Umbaúba (SE), no dia 25 de maio.

Os três policiais rodoviários federais que participaram da ação foram indiciados por abuso de autoridade e homicídio qualificado por asfixia e sem meios de defesa.

Em nota sobre o relatório final do caso, a PF detalha terem sido ouvidas testemunhas e feita coleta de material para perícia.

Laudos apontaram que Genivaldo teve morte por asfixia dentro do porta-malas da viatura da PRF, após uma abordagem na BR-101.

Agora, o caso segue para o MPF (Ministério Público Federal) em Sergipe, para que ele decida se ele denuncia ou não os policiais acusados pela PF.

A decisão da PF foi comemorada pela família. "Eles três fizeram parte de tudo. Estamos lutando para que a justiça seja feita", comentou hoje Walissom de Jesus, sobrinho de Genivaldo.

Os nomes dos policiais suspeitos não foram informados.

ENTENDA O CASO

Genivaldo dirigia uma motocicleta na tarde da última quarta-feira (25) quando foi abordado em uma blitz na rodovia BR-101, em Umbaúba. O sobrinho Wallison de Jesus Santos contou à reportagem que os policiais deram ordem para o tio parar com a moto ?o que, segundo ele, foi prontamente obedecido por Genivaldo.

Os policiais então pediram para que ele levantasse a camisa e o rapaz teria afirmado que estava com os remédios psiquiátricos no bolso e tinha a receita médica para provar os transtornos. Ao ver o início de uma truculência contra o tio, Wallison deu o alerta aos policiais confirmando o que o tio havia dito.

Ao chamar reforços no microfone, os policiais começaram uma série de agressões. O homem então foi jogado em um porta-malas da viatura da PRF, sob fumaça intensa.

Pelas frestas da porta traseira, mantida semifechada, é possível ver fumaça escapando, enquanto se pode ver, na parte de baixo, as pernas do homem balançando em desespero, enquanto ele grita no interior da viatura.

Assim que Santos parou de se debater e gritar, os policiais colocaram suas pernas para dentro e fecharam a porta traseira da viatura, entraram no carro e deixaram o local.


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