MANAUS, AM (FOLHAPRESS) - Mergulhadores do Corpo de Bombeiros do Amazonas procuram de seis a nove pessoas que podem estar submersas no rio Curuçá, após desabamento de uma ponte na BR-319 na manhã de quarta-feira (28).

As buscas já duram mais de 24 horas. O Corpo de Bombeiros trabalha com esse número com base nos relatos de familiares e testemunhas e na quantidade de carros afundados no rio. A estimativa, porém, é preliminar.

Até agora, foram confirmadas três mortes e 14 pessoas feridas no desabamento. Duas pessoas seguem internadas num hospital em Manaus.

A ponte é uma responsabilidade do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e do Ministério da Infraestrutura. Nenhum dos dois órgãos respondeu aos questionamentos da Folha sobre: sobre a falta de monitoramento e reparação da ponte; sobre prevenção para que não houvesse o desabamento; e sobre reparação para as vítimas.

O Dnit divulgou uma nota genérica. Segundo o órgão, uma ponte metálica será instalada no lugar, em parceria com o Exército. "O objetivo é restabelecer o tráfego no local o mais rápido possível. A autarquia já possui empresa contratada e mobilizada para execução dos desvios."

Já o Ministério da Infraestrutura disse que o titular da pasta, Marcelo Sampaio, determinou que o Dnit se mobilize com urgência para prestar socorro às vítimas, restabelecer o tráfego com balsas e reconstruir a ponte num curto prazo.

A ponte que desabou fica no km 25 da BR-319, rodovia que liga Manaus a Porto Velho. A cidade mais próxima é Careiro, a pouco mais de 100 km de Manaus. O acidente foi a 96 km da capital do Amazonas.

Ao todo, oito mergulhadores trabalham na busca por vítimas do desabamento. São, ao todo, 28 bombeiros.

Os bombeiros constataram que sete veículos ficaram submersos após desabarem no rio. Dois já foram deslocados para serem retirados do Curuçá, entre eles uma Kombi. Não havia vítimas dentro dos veículos. O próximo veículo que será içado é um caminhão, também sem vítimas dentro.

Carros ficaram empilhados no fundo do rio, um em cima do outro, após o desabamento.

As buscas se concentram nos pontos onde a ponte ruiu, para depois prosseguirem por até 30 metros adiante, segundo os bombeiros. O rio é fundo, o que dificulta a procura.

Candidato à reeleição, o governador Wilson Lima (União Brasil) centralizou as ações do governo para resgate de vítimas e divulgação de informações sobre as buscas e as tentativas de restabelecimento de tráfego.

Um gabinete de crise foi criado para integrar as ações de órgãos do governo local no resgate.

"O Estado está à disposição do Ministério da Infraestrutura e do Dnit para fazer o que for necessário para diminuir os transtornos causados pelo acidente", afirmou o governo local, em nota. "O governo vai enviar balsas para fazer o deslocamento de carros no local, enquanto o governo federal refaz a ponte."

O governo do Amazonas afirmou que Ministério da Infraestrutura e Dnit são os responsáveis pela "construção, manutenção e fiscalização da BR-319", onde ocorreu o desabamento, e disse colaborar com a fluidez e circulação de veículos na região, interrompida após a queda da ponte.


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