SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - "No que pisamos para fora da tabacaria, tudo aconteceu. Foi em segundos". É assim que Amanda Rossari, 26, se lembra do atropelamento que feriu ela e mais duas mulheres, entre elas sua irmã, domingo, em Itapema (SC). Bruna Rossari, 35, perdeu parte da perna esquerda e está internada desde então.

O motorista fugiu sem prestar socorro, deixando para trás um Toyota Corolla em que a polícia encontrou bebidas alcoólicas. Agora, a família pede por Justiça.

Bruna, uma autônoma e proprietária de um brechó, estava comemorando uma venda realizada com a irmã e uma amiga, também atropeladas -elas tiveram apenas ferimentos leves.

Amanda conta que decidiu ir embora por volta das 3h da manhã, após a comemoração. Elas estavam na tabacaria e acabaram surpreendidas pelo carro subindo a calçada. Um vídeo de câmera de segurança do estabelecimento gravou a cena e mostra que elas não tiveram chance de escapar do impacto.

"Estávamos nos divertindo, porque naquele mesmo dia minha irmã tinha feito uma venda boa e estávamos bem felizes", disse Amanda, em entrevista à reportagem.

"Eu e minha amiga estamos bem, na medida do possível, mas com bastante dor. Minha irmã perdeu a perna. É difícil assimilar tudo isso, esperamos que a Justiça seja feita e que essa imprudência desse rapaz não fique impune", acrescenta Amanda.

Amanda ainda afirmou Bruna está "extremamente abalada", mas que está lúcida e internada com quadro estável.

SUSPEITO ESTÁ EM MS

A Polícia Civil ouviu Amanda e a amiga na segunda-feira (10). Bruna deverá ser ouvida em outro momento, devido à situação clínica.

Já o suspeito de estar na direção do Corolla marcou, junto a seu advogado, uma videoconferência para hoje à tarde, para apresentar sua versão dos fatos. Ele falará de Campo Grande (MS), onde reside e para onde foi após o atropelamento.

A polícia já colheu imagens do local do crime e precisa investigar se ele estava sob efeito de álcool ou não.

A PM encontrou copos e garrafas de bebidas alcoólicas no interior do veículo no dia do acidente."Como não se submeteu ao bafômetro, pois fugiu do local, temos que colher outras provas e estamos investigando", afirmou o delegado Aden Claus à reportagem.

O delegado também espera outros exames. "É um crime que se aplica ao Código de Trânsito Brasileiro. O fato de ter amputado uma perna [da vítima], se enquadra em lesão gravíssima, além da questão das outras mulheres, que fizeram exame de corpo de delito ontem para saber a gravidade", acrescentou Claus. O inquérito deve ser concluído até semana que vem.

A PM registrou a ocorrência como "lesão corporal em acidente de trânsito".


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