RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Depois do caos provocado em Congonhas no domingo (9) por causa de um jatinho particular, a Infraero se reuniu nesta sexta (14) com representantes de empresas aéreas para tratar das operações no aeroporto.
O incidente, que desencadeou o cancelamento de centenas de voos e prejuízo estimado em R$ 15 milhões para as empresas que atual no terminal, levantou uma discussão sobre a presença da aviação geral em Congonhas, categoria que abrange os voos não regulares, de aeronaves como helicópteros e aviões particulares.
Além da Abear (que representa Latam, Gol e Voepass) e outros executivos das grandes companhias aéreas comerciais, a Abag, associação da aviação geral, também participou do encontro. A Abear defende a restrição dos aviões de pequeno porte na pista principal nos horários de pico para evitar transtornos como o de domingo para os passageiros da aviação comercial.
A Infraero diz que vai realizar estudos sobre o compartilhamento das pistas principal e auxiliar do aeroporto e a distribuição de slots (horários de pouso e decolagens).
Será criado um comitê colaborativo de crise para melhorar o atendimento nas ocorrências no aeroporto.
Também participaram do encontro órgãos como Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e outros.
Existe no setor uma avaliação de que a presença da aviação geral poderia ser reduzida em Congonhas. Aeronaves de serviços de táxi aéreo e particulares, como o jato que travou o aeroporto, levaram só 1% dos passageiros que passaram por lá neste ano até agosto, mas elas representam 24% dos voos no local.
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