RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar a denúncia de uma mulher que afirma ter sido agredida por um homem com dois socos dentro de uma academia em Ramos, na zona norte do Rio de Janeiro. O episódio ocorreu no dia 14 de outubro. O caso segue sob sigilo na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) do Centro.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, Álvaro Quintão, afirma que a vítima de 35 anos, que não quer se identificar, procurou o órgão na sexta (21). Aos advogados, a mulher relatou que a agressão teria sido motivada por divergência política.
"Ela contou que estava conversando sobre política com amigos na academia que frequenta há 8 anos, quando um homem identificado como Ariel Barbosa se intrometeu na conversa e começou a ofende-la. Ele pediu à vítima que ela escovasse os dentes e a chamou de morta de fome, causando constrangimento a ela na frente das outras pessoas. O homem sinalizou que a ofensa era por conta do partido que ela tinha declarado defender, que seria o PT do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em seguida, iniciou-se uma discussão. O agressor disse que era empresário e por isso não votaria em Lula.", disse Quintão à reportagem.
Ainda de acordo com o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, a discussão se intensificou e o homem teria desferido dois socos no rosto da vítima. "No segundo golpe, ela caiu no chão e o agressor ainda tentou dar outro soco, mas foi impedido pelas pessoas que estavam no local".
A reportagem tentou contato com Ariel Barbosa por redes sociais, mas não obteve retorno até a noite desta terça. A Polícia Civil também não informou se o suspeito possui advogado.
Nesta terça-feira (25), a vítima foi encaminhada pela OAB-RJ para o Núcleo Especial de Direito da Mulher e de Vítimas de Violência da Defensoria Pública do Estado.
A vítima registrou a ocorrência na 21ª DP (Bonsucesso), esteve na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) do Centro do Rio, e passou pelo IML onde realizou exame de corpo de delito. Ela fez uma denúncia na Ouvidoria da Mulher do Ministério Público.
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