SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Fundadora do Alimentando Necessidades, a jovem Duda Poleza, 19, se pronunciou pela primeira vez desde que seu projeto se tornou alvo de suspeita de golpe, viralizando na internet com o nome Marmitagate. A possível fraude está sendo investigada pela Polícia Civil de Santa Catarina.
"Decidi me pronunciar porque hoje [5], desde que isso tudo começou, é o dia que estou me sentindo mais em paz. Fui na delegacia voluntariamente. Fui chamada para depor, mas decidi adiantar porque eu queria muito ir, estava muito ansiosa", começa, no vídeo compartilhado em seu perfil do TikTok.
Duda afirmou que entregou todo o material que tinha para a Polícia, "para finalmente me inocentar". Ela também anunciou o encerramento do projeto Alimentando Necessidades, que supostamente realizava doações de marmitas para pessoas em situação de rua na cidade de Blumenau, em Santa Catarina.
"O motivo de ter encerrado ele é porque as contas [bancárias] estão bloqueadas, e não tenho como movimentar [o dinheiro], então por enquanto não tenho como continuar o projeto". A jovem diz que pretende criar novos projetos sociais, porém menores, e deixá-los apenas entre amigos e familiares.
"Antes que comecem os ataques, quero deixar claro que tudo o que sobrou do Alimentando Necessidades ainda está na conta. Assim que a Justiça me orientar e a conta for desbloqueada o dinheiro terá algum destino que será publicado aqui", acrescentou.
Por fim, Duda pediu desculpas por ter demorado para se pronunciar e que agora tenta se reerguer após toda a repercussão do caso. A jovem diz que está cooperando com a Polícia para as investigações e que irá trazer atualizações através de seu perfil do TikTok.
"Ando me sentindo muito deprimida, fraca e exausta. Demorou bastante para criar coragem de dar a cara a tapa novamente. A verdade é que agi com muito amadorismo, nunca imaginei que o projeto fosse tomar uma proporção tão grande", finalizou.
Em conversa com a Folha de S.Paulo, o delegado Felipe Orsi, da Polícia Civil de Santa Catarina, que está à frente das investigações, afirmou que mais de 100 pessoas podem ter sido vítimas do suposto golpe. Segundo ele, aproximadamente 10 ocorrências relacionadas ao caso foram registradas em Blumenau, a cerca de 150 km de Florianópolis.
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