SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) anunciou na noite desta quinta-feira (10) a retomada do uso obrigatório de máscaras cirúrgicas ou do tipo PFF2 em todas as áreas de saúde e em ambientes fechados como salas de aula, bibliotecas, laboratórios e ônibus fretados.

A decisão foi tomada depois que o Governo de São Paulo registrou uma alta de 56% no número de pessoas internadas com Covid-19 em Unidades de Terapia Intensiva nas últimas duas semanas, ante um aumento de 50% no índice de internações em leitos de enfermaria por causa da doença.

A decisão da Unicamp começa a valer a partir desta sexta-feira (11).

Em comunicado, o Comitê Científico de Contingenciamento do Coronavírus da Unicamp informou que houve um aumento no número de pessoas com sintomas respiratórios e testes diagnósticos positivos para Covid-19 na universidade nas últimas duas semanas, mas ressaltou que esse crescimento não reflete, na mesma proporção, no número de casos graves.

O comitê monitora diariamente a evolução da Covid-19 nos três campi da universidade (em Campinas, Piracicaba e Limeira), no estado, no país e no mundo.

Além do uso de máscaras, a Unicamp recomenda refeições mais rápidas e com o mínimo de diálogo possível entre os frequentadores dos restaurantes universitários e cantinas; lavagem frequente das mãos com água e sabão ou higienização por meio de álcool 70% e evitar aglomerações.

A universidade também destaca, no comunicado, a obrigatoriedade de esquema vacinal completo para maiores de 18 anos. Por meio de agendamento, a Unicamp oferece imunização contra a Covid-19 no Cecom (Centro de Saúde da Comunidade), na cidade universitária, em Campinas.

As aulas presenciais estão mantidas na universidade, mas há a recomendação de que as pessoas com sintomas respiratórios não frequentem os campi.

Boletim InfoGripe, da Fiocruz, mostra que o número de casos de Covid-19 voltou a aumentar na população adulta dos estados de São Paulo, Amazonas, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

O relatório informa que o aumento dos casos é mais perceptível na faixa etária a partir dos 18 anos. A exceção é o Rio Grande do Sul, que apresenta essa tendência apenas a partir de 60 anos.


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