RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A promessa de campanha feita pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, de fortalecer em seu governo o Fies (programa de financiamento estudantil), fez disparar as ações da Yduqs, empresa controladora de universidades como a Estácio e o Ibmec.
Do primeiro turno até os dias que sucederam o pleito que confirmou a vitória de Lula, a Yduqs ganhou R$ 695 milhões em valor de mercado, passando a valer cerca de R$ 5 bilhões.
Na esteira do bom momento para o setor de educação, o grupo vai anunciar um novo polo educacional a distância em Lavras do Sul (RS) como parte de sua expansão para cidades do interior.
Segundo a empresa, seu total de matriculados em todas as modalidades e unidades chega a 1,3 milhão de alunos. Ainda não há projeções para a variação desse número no próximo ano.
As ações da Yduqs, no entanto, voltaram a cair após declarações de Lula salientando que seu governo se preocupará mais com o social.
O mercado entendeu que sua fala foi uma sinalização de mais gastos com benefícios, o que levaria ao desequilíbrio fiscal no seu governo. O resultado foi uma queda acentuada da Bolsa e uma alta no dólar. Desde então, o mercado acionário busca uma acomodação.
A empresa também sofreu com essa debandada de investidores "assustados" com o novo governo. Entre 7 de novembro até a segunda (14), a Yduqs perdeu cerca de R$ 658 milhões em seu valor de mercado ?praticamente o que tinha valorizado durante a campanha eleitoral.
Na avaliação de Mario Tomadon, sócio da AFS, braço de investimento do BTG, as ações da empresa podem oscilar até que os planos para a economia do novo governo sejam definidos.
"Enquanto o governo não definir como vai ser a política fiscal, quem vão ser os ministros, tudo isso, o mercado vai ficar um pouco nessa volatilidade", disse Tomadon.
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