BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Um levantamento da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) mostra que 83,2% das juízas defendem a nomeação paritária entre homens e mulheres no alto escalão da carreira, com reserva de cargos para superar a desigualdade de gênero. As magistradas representam 38,8% do total de acordo com os dados mais recentes do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que são de 2019.
Os números fazem parte da pesquisa "Perfil das Magistradas Brasileiras e Perspectivas rumo à igualdade de gênero nos tribunais". Parte das informações será apresentada nesta quinta-feira (17) no evento "Mulheres na Justiça", do CNJ.
O estudo mostra que 95,3% das juízas são favoráveis à presença feminina nas bancas examinadoras de concursos e nas mesas de eventos das escolas judiciais, e que 95% acreditam serem necessárias oportunidades suficientes para mulheres assumirem cargos na administração dos tribunais.
Para 64%, são necessárias políticas de cotas de gênero. Apenas 15% defendem que nada seja feito e confiam no tempo para equalizar a presença femininas nos cargos mais altos.
"O que nós percebemos é que, mesmo com o incremento da participação feminina, é fundamental a promoção de iniciativas específicas para a superação da discriminação que, infelizmente, ainda nos mantém afastadas dos principais postos de comando", disse a juíza Eunice Prado, do TJ-PE (Tribunal de Justiça de Pernambuco), responsável pela pesquisa.
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