SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O juiz da 1ª Vara Especializada do Rio de Janeiro, Bruno Monteiro Ruliere, determinou nesta quinta-feira (17) a soltura de Elaine Pereira Figueiredo, esposa do policial militar reformado Ronnie Lessa, acusado do assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Ela responde por ter supostamente ajudado o marido a ocultar a arma utilizada no crime e por lavagem de dinheiro.
Elaine estava presa desde 18 de julho de 2021, acusada de tráfico internacional de armas. Em 2017, ela também participou de um caso da entrega de uma encomenda com 16 quebra-chamas para fuzil, interceptada no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, no Rio.
Os artefatos servem para ocultar a posição do atirador da arma de fogo. A entrega seria feita à Academia Supernova, que pertence a Elaine e Ronnie Lessa, em Rio das Pedras.
Ela foi detida por tráfico de armas dois dias depois de deixar a cadeia para aguardar o julgamento do recurso de sua condenação a quatro anos de prisão por obstrução de Justiça, no episódio do descarte da arma utilizada no assassinato de Marielle. A Polícia acredita que o crime foi cometido usando uma submetralhadora HK-MP5, e suspeita de que ela tenha sido jogada no mar da Barra da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro.
Segundo o inquérito, após a prisão de Lessa, Elaine montou um esquema para descartar provas de crimes do marido, que estavam em um apartamento no bairro do Pechincha, na zona oeste do Rio. Ela acionou o irmão Bruno Figueiredo, para articular o sumiço das evidências -entre elas, ao menos seis armas longas de uso restrito.
Bruno foi ao apartamento com Márcio Mantovano, o Márcio Gordo, e entregou o material a Josinaldo Freitas, o Djaca, segundo as investigações. A polícia divulgou hoje vídeo com imagens de câmera de segurança que mostra Mantovano retirando uma caixa que, segundo os investigadores, continha armas de Lessa.
A polícia diz que foi Josinaldo quem contratou um barqueiro na praia da Barra da Tijuca, também na zona oeste, e descartou caixas e bolsas em alto mar. Os investigadores dizem que foram pagos R$ 400 ao barqueiro.
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