SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os trens da linha 3-vermelha do Metrô da capital paulista estão circulando com redução de velocidade e maior intervalo desde as 5h10 desta terça-feira (22). Segundo o Metrô, o problema acontece devido ao furto de cabos.

Equipes de manutenção estão trabalhando no local, mas não há previsão de quando a situação será normalizada, segundo o Metrô.

Os cabos estavam localizados, segundo a empresa, em uma área externa, num trecho subterrâneo, entre a estação Pedro 2º e a subestação primária que fica na região e recebe energia da Enel, alimentando eletricamente a via por onde circulam os trens.

"Uma equipe de manutenção trabalha para resolver o problema. Por questões de segurança, todas as estações da Linha 3-vermelha realizam controle de fluxo de embarque durante o horário de pico", diz o Metrô.

Os usuários estão sendo informados da situação pelo sistema de som dos trens e das estações.

O problema afeta milhares de passageiros, mas o Metrô informou não ter o número de pessoas impactadas.

"Esse tipo de contravenção causa danos para a empresa, mas causa um dano ainda maior para os passageiros", informou o Metrô em nota.

Essa é a segunda falha em linhas do Metrô em menos de uma semana.

Na última sexta-feira (18), uma falha no sistema elétrico na linha 1-azul, entre as estações Luz e Tucuruvi, afetou a operação de trens, impactando milhares de passageiros que utilizam o sistema no horário de pico da manhã.

Segundo o Metrô, a falha foi detectada às 4h40, quando inicia a operação do sistema metroviário. Até as 6h15, os trens atenderam somente o trecho entre Jabaquara e Luz. Depois desse horário, os trens retomaram a circulação, mas as estações já estavam lotadas e com muitas filas.

Na ocasião, a operação Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência) foi acionada e 80 ônibus foram disponibilizados para fazer o trajeto entre as estações da linha 1-azul.

O Metrô também solicitou à CPTM que liberasse a transferência gratuita entre os sistemas nas estações Corinthians-Itaquera, Tatuapé e Brás, todas na linha 3-vermelha.

Antônio Marcio Barros Silva, gerente de Operações do Metrô, explicou, em entrevista ao "Bom Dia São Paulo", da TV Globo, que o problema foi detectado no início da operação, quando foram energizar as linhas para posicionar os trens.

"Ao tentar energizar, por algum defeito elétrico, nós não conseguimos energizar a linha inteira. Elas são divididas em quatro setores, e esses quatro setores não aceitaram comando remoto via centro de controle para fazer essa energização", disse Silva.

O gerente disse também que o Metrô trabalha para prevenir problemas, mas é preciso investir em modernização.

Nesta terça não foi preciso acionar a operação Paese, de acordo com o Metrô.


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