SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Duas indicadas pelo governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos) para a equipe de transição tiveram posicionamentos contrários a medidas recomendadas por especialistas na pandemia da Covid-19.

A empresária Ana Maria Velloso, que fará parte do grupo de desenvolvimento social, chamou a crise de "fraudemia".

Ela foi uma das empresárias participantes de almoço com Jair Bolsonaro (PL) em abril do ano passado, em São Paulo. O evento foi muito simpático ao presidente e à equipe econômica, com executivas abertas a encontrar formas de mobilizar a sociedade para que a agenda liberal do governo fosse destravada.

Lana Romani, convidada por Tarcísio para debater educação, fundou o Escolas Abertas, movimento para pressionar pela reabertura das salas de aula quando a Covid-19 estava em fase crítica.

O Escolas Abertas contava com a mobilização de pais de escolas particulares, principalmente, e entrou em choque com políticos que diziam que o grupo dificultava a implementação de medidas de contenção da disseminação do vírus.

Em abril de 2021, o então prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB) acionou o Ministério Público de São Paulo para que investigasse o Escolas Abertas por promover campanhas para incitar desrespeito às medidas de controle da pandemia.

À época, o movimento incentivava as escolas a abrirem as portas independentemente das determinações da prefeitura, alegando que o poder do prefeito é limitado a questões sanitárias.

Nesse aspecto, as escolhas de Ana Maria e Lana diferem da composição mais técnica da equipe formada para discutir saúde, capitaneada pelo futuro secretário da área, Eleuses Paiva.

Em nota, o governo de transição diz que os participantes foram escolhidos a partir de critérios técnicos e que é comum que haja diversidade de opiniões e posicionamentos entre os integrantes.


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